*Da Redação – Dia a Dia Notícia
Dados do estudo Covac Manaus apontam que a aplicação de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 em profissionais da educação e da segurança pública com comorbidades reduziu em 80% a quantidade de casos de infecção pela doença.
De acordo com a médica infectologista e coordenadora do estudo, Maria Paula Mourão, 4.400 pessoas participaram da segunda fase da pesquisa, que aplicou a dose de reforço da Astrazeneca nos participantes, entre os meses de outubro e novembro. Desses, apenas 26 testaram positivo para a doença e, até o momento, todos apresentaram ou apresentam quadros leves da doença.
“A partir do reforço então nós já temos registrado 26 infecções por Covid depois da terceira dose, sendo 100% das infecções em formas leves. Nenhum paciente foi hospitalizado e nenhum evoluiu para óbito. E dessas 26 infecções, a grande maioria delas ocorreu agora em janeiro, concordando com esse quadro que a gente tem visto no país como um todo. De novo a gente confirma a nossa impressão de que a vacina protege e protege muito”, disse.
O estudo, que começou em março de 2021, vacinou na primeira fase mais de 5 mil pessoas. No entanto, o número de infecções entre os participantes naquela ocasião foi um pouco maior: 130. Desses, quatro pessoas evoluíram para formas graves da doença e uma morreu em decorrência da doença.
“Isso demonstrou, para a gente, uma proteção da vacina superior aquilo que vinha sendo divulgado nos estudos iniciais.Os nossos participantes são pessoas vulneráveis, que tem doenças crônicas, e mesmo nessas pessoas a gente consegue uma proteção vacinal muito significativa e a gente sabe que a vacina não foi feita para evitar contaminação pelo coronavírus. A vacina, nesse primeiro momento, tem o objetivo de evitar hospitalizações e óbitos”, explicou.