*Da Redação Dia a Dia Notícia
A cantora Anitta revelou, nesse sábado (3/12), que foi diagnosticada há poucos meses com mononucleose infecciosa, doença causada pelo vírus Epstein-Barr. Também conhecida como “doença do beijo”, a enfermidade tem o potencial de causar diversas outras doenças, como a esclerose múltipla. A revelação ocorreu durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmila Dayer para contar sua sobre sua luta contra a esclerose múltipla a qual, segundo ela, foi causada pelo Epstein-Barr.
Anitta ressaltou que o diagnóstico da doença foi o “momento mais difícil da [sua] vida” e que a relação com Ludmila, de quem é amiga há anos, foi importante para que desse início ao tratamento.
“Há dois meses, passei pelo momento mais difícil da minha vida (..) Ela contou como ela foi diagnosticada com esclerose múltipla. No dia seguinte eu tive uma notícia terrível e grudei nela. Se eu estou falando, caminhando, respirando, vivendo, é pelo quanto que ela me ajudou”, disse a artista.
Graças ao incentivo de Ludmila e o contato de um especialista, a doença foi controlada ainda no início. Enquanto estava doente, Anitta afirmou que “não conseguia subir para o segundo andar” da sua casa.
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A doença
A mononucleose infecciosa é transmitida principalmente pela saliva, daí o motivo de ser chamada de “doença do beijo”. O vírus Epstein-Barr pode ser transmitido ainda por objetos pessoas do infectado como escovas de dentes, copos ou talheres.
Segundo a infectologista Mirian Dal Be, do Hospital Sírio-Libanês, “a mononucleose infecciosa é a apresentação mais comum da infecção pelo vírus do Epstein-Barr. A maioria das pessoas pega quando ainda é criança e as manifestações são bem mais tranquilas. Quando a pessoa pega na vida adulta, os sintomas são mais pronunciados”.
Na maioria das vezes, a mononucleose é assintomática, o que faz a pessoa sequer ter consciência de que contraiu o vírus. Quando a doença se manifesta, é normalmente confundida com outras doenças respiratórias. Os sintomas gerais são febre alta, dor ao engolir, tosse, dores nas articulações, inchaço no pescoço, irritação na pele, amigdalite, fadiga e inchaço do fígado.
A falta de controle do Epstein-Barr no organismo pode desencadear outras doenças mais sérias. Apesar de não haver uma confirmação formal, um estudo realizado na Universidade Harvard aponta uma forte ligação entre o mau tratamento do vírus com o desenvolvimento de esclerose múltipla. A enfermidade é uma doença neurológica, crônica e autoimune, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.