*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
Com 99,88% das urnas apuradas, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sai vitorioso do segundo turno com 50,9% dos votos válidos contra 49,1% do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou o primeiro chefe do executivo a não conseguir a reeleição em 24 anos. A diferença entre os dois foi de pouco mais de 1,8%, o que faz o segundo turno de 2022 ser a disputa mais acirrada da história do país. O recorde anterior pertencia ao segundo turno de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) derrotou Aécio Neves (PSDB) por uma diferença de 3,28%.
As outras disputas realizadas no país desde 1989 sempre tiveram uma margem relativamente alta. Em 1989, Lula disputou o segundo turno contra Fernando Collor de Mello (então no PRN), perdendo por uma diferença de 6,06%.
Em 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito com larga vantagem ainda no primeiro turno, com Lula sempre ocupando o segundo o lugar. Nas eleições federais de 2002, o petista foi para o segundo turno com o ex-ministro da Saúde de FHC, José Serra (PSDB). Na ocasião, Lula venceu por uma diferença de 22,54% dos votos, a maior até então. Quatro anos depois, Lula derrotou Geraldo Alckmin, hoje seu aliado, por uma diferença semelhante: 21,66%.
Em sua primeira empreitada, Dilma Rousseff, que colhia a aprovação recorde de Lula em 2010, foi eleita no segundo turno contra José Serra por uma diferença bem menor de 12,05%.
