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Dia Mundial Sem Carne: conheça a origem da data e as ações mundiais em prol de uma alimentação cruelty free

20 de março é comemorado o Dia Mundial Sem Carne. A data-protesto nasceu nos Estados Unidos por meio de uma iniciativa da ONG FARM (Farm Animal Rights Movement), uma organização sem fins lucrativos que defende os direitos dos animais e o veganismo desde 1976. Para engajar e fortalecer ainda mais o movimento, a FARM desenvolveu uma série de iniciativas e ações em prol da proteção e respeito animal. Uma delas foi o MeatOut Day, Dia Mundial Sem Carne, comemorado no mundo todo desde 1985.

“O evento de um dia incentiva as pessoas a deixarem os animais fora de seus pratos e a refletir sobre como esta dieta afeta a saúde humana, a do planeta e a dos animais. Além de eventos educacionais e de divulgação, o MeatOut protege as proclamações do governo, levando a mensagem vegana a um público mais amplo. Por mais de 35 anos, o MeatOut pede às pessoas que abandonem o hábito de comer carne”, diz Eric C Lindstrom, diretor-executivo da Farm Animal Rights Movement, à CNN Viagem & Gastronomia. Todo ano, em 20 de março, simpatizantes e adeptos do vegetarianismo e do veganismo dos EUA e de mais de 20 países homenageiam os animais através de manifestações que visam conscientizar e fortalecer ações em prol de uma dieta que não inclua violência animal, além de alertar sobre o impacto que o consumo de carne traz ao meio ambiente e, ainda, os diversos benefícios de uma alimentação baseada em frutas, verduras, grãos e legumes. As atividades vão desde roda de discussões a exposições, degustações e até festivais.

Manifestação no Meat Out Day em Barcelona (Foto: Meat Out Day/Divulgação)

Este ano, porém, por conta da pandemia “iremos distribuir cartões postais informativos e carne seca vegana em Washington DC no dia 20 durante o Festival Nacional das Cerejeiras, mas a maioria dos eventos presenciais foi adiado ou será virtual. Nós realmente esperamos ter uma grande participação em 2022 onde todos, finalmente, possam socializar novamente.” deseja Eric. Acompanhe o calendário de eventos aqui!

 

No Brasil, a data já é consagrada no calendário do movimento vegetariano. Desde 2014, por exemplo, a SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira – faz ações conjuntas com mais de 20 restaurantes por todo Brasil com o intuito de incentivar o maior número de pessoas a deixar a carne e derivados do lado de fora do prato. Como estímulo, os restaurantes participantes ofereceram até 20% de desconto para todos os clientes em opções selecionadas.

Este ano, a ação permanece e os pedidos podem ser feitos em formato delivery. Ao todo, são 21 casas espalhadas pelo Brasil. Aqui, algumas delas e suas delícias livres de crueldade animal: A Be Green Vegan, em Goiânia, oferecerá a sua feijoada Green com 10% off; a Vegan & Vegetarian, em Joinville, colocou todo o seu cardápio 15% mais barato; a Oficina da Jaca, em Olinda, vai fazer sua Moqueca de Jaca com 15% de desconto; o Só Verde, no Rio de Janeiro, dará 15% no seu Strogonoff de Palmito vegano; o Vai ter Comida, em São Paulo, oferece 10% off em todos os seus pratos congelados. Para conhecer as casas participantes, clique aqui!

É sempre tempo de (re)começar. “O Dia Mundial sem Carne surgiu como uma provocação para as pessoas refletirem sobre os impactos de comer carne e seus derivados. Esse dia acontece propositalmente no início da nova estação do ano (primavera no hemisfério norte e outono no hemisfério sul), dando a ideia de um recomeço para que as pessoas aproveitem esse novo ciclo para incluírem mais vegetais em sua dieta e darem uma chance para a alimentação vegana”, diz Mônica Buava, gerente de campanhas da SVB, à CNN.

No Brasil, 14% da população se declara vegetariana, segundo pesquisa do IBOPE Inteligência conduzida em abril de 2018 e divulgada pela Sociedade Vegetariana Brasileira. Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro este percentual sobe para 16%, ainda de acordo com a pesquisa. A estatística representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando o mesmo estudo indicou que a proporção da população brasileira nas regiões metropolitanas que se declarava vegetariana era de 8%.

A preocupação com a saúde é uma tendência que tem crescido mundialmente, especialmente após o início da pandemia. Esse movimento também é presente no Brasil, com reflexos nas escolhas alimentares dos consumidores. A pesquisa O consumidor brasileiro e o mercado plant-based mostra que os brasileiros buscam adicionar mais frequentemente opções saudáveis nas suas receitas diminuindo o consumo de proteína animal e as substituindo por proteínas alternativas. Esse novo hábito é conhecido como flexitarianismo e representa um influente grupo de consumo, que passou de 29% em 2018 para 50% em 2020. O estudo foi realizado pelo IBOPE e coordenada pelo The Good Food Institute. Participaram 2000 pessoas de todas as classes sociais e regiões do país.

Em agosto de 2020, o Projeto Colabora compartilhou dados do relatório semestral das Nações Unidas sobre o mercado global de alimentos. O estudou apontou que a redução do consumo mundial de carne seria de 3%, equivalente a 9,5 milhões de toneladas. É o nível mais baixo desde o início do século XXI. As razões, de acordo com o site, são inúmeras e incluem as denúncias de contaminação pela covid-19 em frigoríficos de vários países.

Cogumelos carnudos ao molho Teriyaki, arroz branco fofinho servido com Cavolo Nero (conhecida como couve toscana, é uma verdura típica da região da Toscana, na Itália, que tem folhas longas e enrugadas), misturado com molho de alho e pimenta. Foto: Repost_@florasplantkitchen/Reprodução @meetfreemonday

Outra ação que se destaca à mesa e fora dela também é a Segunda sem Carne. Para além de seus cardápios tradicionais, muitos restaurantes aderem à campanha como mais uma voz à conscientização da alimentação livre de animais. O movimento, em seu cerne, ainda vai além: joga luz aos impactos que o uso de produtos de origem animal causa ao planeta e convida a descobrir novos sabores ao substituir proteína animal pela vegetal ao menos uma vez por semana.

Criada em 2003 nos Estados Unidos, a iniciativa existe já em mais de 40 países, como o Reino Unido onde é defendida e divulgada por ninguém menos do que o ex-Beatle Paul McCartney. No Brasil, a campanha foi lançada em outubro de 2009 pela SVB e hoje conta com o apoio de governos, personalidades e empresas, além de ser considerada a maior do mundo. Em 2018, por exemplo, foram 67 milhões de refeições oferecidas. E só no primeiro semestre de 2019 somou-se mais de 42 milhões.

Vegetarianismo no centro do mapa

Que tal fazer parte do mapa vegetariano e vegano do Brasil? O site Mapa Veg, projeto independente criado em 2012, tem um censo online e gratuito, atualizado regularmente. Basta entrar na página e responder a um pequeno questionário sobre suas escolhas alimentares e cidade onde mora. Atualmente são mais de 28 mil pessoas cadastradas. Além disso, a página ainda mapeia estabelecimentos, que vão de produtos alimentícios a serviços de bem-estar, com viés orgânico, vegano e natural. Enjoy!

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