*Da Redação Dia a Dia Notícia
Mesmo o Brasil sendo o sétimo país com o maior número de empreendedoras, uma boa parcela das profissionais ainda não consegue quitar suas despesas. Um estudo do Instituto Mulher Empreendedora (IME) aponta que. para 41% das mulheres empresárias, a receita de seus negócios não é suficiente para pagar os custos. O estudo é publicado em alusão ao Dia da Mulher Empreendedora, comemorado neste sábado (19/11).
O documento aponta que 35% das empreendedoras obtêm receitas suficientes para pagar despesas, mas apenas 11% têm a possibilidade de também poupar. Entre as que conseguem guardar dinheiro, 36% delas reinvestem no próprio negócio, 20% colocam na poupança, 14% utilizam o valor em casa e 13% investem em educação.
Os dados integram a 7ª edição da pesquisa, elaborada anualmente pelo Irme para abordar temas relacionados ao universo do empreendedorismo feminino, trazendo diferentes perspectivas sobre o perfil dessas mulheres, sua visão de mundo e a relação com seus empreendimentos, além dos desafios que enfrentam no dia a dia.
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O estudo ainda mostra que, no país, 60% das empreendedoras são negras, 37% brancas, 2% descendem de asiáticos e apenas 1% se considera indígena. Em relação à escolaridade, 28% das empreendedoras possuem ao menos ensino superior e 24% ensino médio completo.
Já em relação à classe social, 50% delas pertencem à Classe C, 34% as Classes AB e 17% DE. A maioria das empreendedoras são casadas (57%) e 73% delas são mães.
Como e por que a mulher brasileira empreende?
A maioria dos negócios gerenciados por mulheres, segundo a pesquisa Irme, foi aberto nos últimos cinco anos e se concentram na prestação de serviço e/ou em venda de produtos. Cerca de 38% dos negócios têm até dois anos de existência, ou seja, foram iniciados durante a pandemia da Covid-19.
Quando a pesquisa aborda a motivação para abrir um novo negócio, 46% das mulheres o fez por necessidade. Nesse recorte, 52% das empreendedoras são negras, 71% estão nas classes D e E, e 56% possuem ensino fundamental.