*Da Redação Dia a Dia Notícia
A cidade do Rio de Janeiro comemorou nesta sexta-feira (7), pela primeira vez, o Dia de Zé Pelintra, entidade surgida na crença nordestina do catimbó e que foi adotada pelas religiões de matriz africana como a umbanda e o candomblé. Nessas religiões, ele faz parte da linha de trabalho dos Malandros, arquétipo típico que ficou mais famoso na sociedade carioca.
Zé Pelintra é o representante mais famoso dessa linha, tido como boêmio e patrono dos bares, do jogo e do samba. Os seguidores do ‘Seu Zé’ muitas vezes o invocam para ajudar em problemas domésticos ou de negócios. Em vida, foi considerado homem de bom coração e protetor dos menos favorecidos, ganhando o apelido de ‘advogado dos pobres’.
O autor do projeto que colocou a data no calendário oficial do município foi o vereador Átila Alexandre Nunes (PSD), neto do radialista Átila Nunes, um dos maiores difusores da umbanda no país, em parceria com o então vereador e atual deputado federal Tarcísio Motta (PSOL).
“A inclusão da data no calendário oficial da cidade será um marco importante. Ela poderá ser aproveitada para os festejos tradicionais, a unificação entre lideranças religiosas e instituições que sofrem com intolerância religiosa, racismo e xenofobia”, justificou.
A entidade possui um santuário localizado nos Arcos da Lapa, local que aparece diversas vezes nas músicas (os chamados ‘pontos’) que invocam Zé Pelintra.
No Rio de Janeiro, a data é comemorada no principal centro, localizado na Lapa. O Santuário do Sr. Zé Pelintra e Sra. Maria Navalha aproveita o dia para fazer a lavagem do monumento à entidade e tem rodas de conversa, capoeira e samba.
Em Madureira, na Casa de Malandro, o diretor Diego Gomes reúne os seguidores para rodas de samba, giras para a entidade e um encontro de Matriz Africana ao longo de três dias.
Confira um dos pontos da linha de malandros, a qual pertence a entidade: