*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta quinta-feira (2), homenagens em diversas partes do Brasil marcam o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, divindade católica, com festas e celebrações especiais. Na mesma data, também se comemora o dia de Iemanjá, uma das principais orixás das religiões de matriz africana, ocasião em que muitas pessoas depositam oferendas no mar e em rios.
A Nossa Senhora dos Navegantes está muito vinculada às tradições portuguesas, justamente pela busca de proteção para aqueles que vão se guiar aos mares. Oscar D’Ambrosio, pós-doutor e doutor em educação, arte e história da cultura, ressalta que todas as Nossas Senhoras são, na verdade, a própria Virgem Maria, vista de várias formas diferentes ao longo da tradição Mariana.
Ela se consolidou como padroeira dos navegantes pois durante as grandes expedições pelos mares, os marinheiros acreditavam que a Santa os guiavam até um porto seguro e evitava as tempestades em alto mar.
Já Iemanjá é considerada a mãe de quase todos os orixás dentro do Candomblé e da Umbanda. em algumas ocasiões, Iemanjá chega a ser chamada de Afrodite brasileira. Muitas vezes, Iemanjá é referenciada como divindade a qual os apaixonados pedem por suas demandas afetivas e amorosas.
O nome Iemanjá tem origem no idioma africano yorubá, sendo o termo “Yéyé Omó Ejá”, que numa tradução literal seria algo como “mãe cujos filhos são peixes”.
Iemanjá é padroeira dos pescadores e estão sob seus cuidados todos aqueles que escolhem entrar em seu domínio, o mar. Logo, detém poder sobre a vida daqueles que vivem no mar, que devem respeitá-la, pois cabe a Iemanjá decidir se as águas permanecerão calmas ou formarão tempestades. Em algumas de suas representações, Iemanjá chega a se apresentar como Iara, metade mulher, metade peixe.