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Desmatamento na Amazônia este ano é o maior desde 2015, aponta Inpe

Ao todo, foram desmatados 2.032 km² em cinco meses. A área devastada é 33% maior do que a cidade de São Paulo
Brasília (13/06/2018) – O Ibama e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso, com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer-MT) e da Força Nacional, iniciaram nesta terça-feira (12/06) operação conjunta para coibir o desmatamento ilegal da Amazônia. Na primeira ação, agentes ambientais flagraram o corte raso de 160 hectares em área de Reserva Legal em Tapurah (MT) por correntão, técnica que usa dois tratores e uma corrente com elos grossos para derrubar a vegetação nativa.Na base utilizada pelos infratores foram apreendidos um caminhão, uma pá carregadeira, uma moto, uma camionete, motosserras e documentos que evidenciam a saída da madeira, além de fichas de funcionários e comprovantes de transações bancárias. A Sema estima que a ação evitou o desmatamento de outros 800 hectares.Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
O desmatamento na Amazônia entre janeiro e maio deste ano é o maior para o período desde que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) passou a medir a devastação da floresta, em agosto de 2015.
Ao todo, foram desmatados 2.032 km² em cinco meses. A área devastada é 33% maior do que a cidade de São Paulo.
O aumento foi de 34% em comparação com a devastação no mesmo período no ano passado e 49% acima da média histórica, entre os anos de 2016 e 2019. O tamanho da devastação é ainda pior entre agosto de 2019 a maio deste ano: 6.499 km², um aumento de 78% em comparação ao mesmo período anterior.
“Outro aspecto preocupante é que esse período de dez meses exclui os meses de junho e julho, quando o desmatamento é historicamente mais alto”, afirma o Inpe em nota.
Chama a atenção o desmatamento no Pará: 344 km² dos 829 km² devastados apenas maio. Na sequência surgem Amazonas (182 km²) e Mato Grosso (177 km²).
“Os dados preocupam e indicam uma tendência crescente de desmatamento no período, com níveis ainda maiores do que 2019, um ano já excepcionalmente alto”, afirma Mariana Ferreira, do WWF-Brasil.
  • Estamos diante de um cenário de total catástrofe para a Amazônia, com a expectativa de mais áreas abertas, invasões e queimadas somadas ao triste cenário do alastramento da pandemia pelo bioma Mariana Ferreira, do WWF-Brasil
Na terça-feira (9), o Inpe já havia divulgado que o desmatamento da Amazônia de agosto de 2018 a julho de 2019 (o governo de Jair Bolsonaro começou em janeiro de 2019) foi ainda maior do que se imaginava. No período, a Amazônia perdeu 10.129 km².

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