*Da Redação – Dia a Dia On-line
O desemprego no Amazonas segue em crescimento, tendo registrado em agosto 17,9% da população desocupada, o equivalente a 286 mil pessoas, cerca de 21 mil amazonenses desempregados a mais do que em julho, mês que carregava até então o índice mais alto do ano (17%), de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em compensação, o Amazonas é também um dos Estados com os maiores percentuais de domicílios que recebem auxílio emergencial – 61,9%, atrás apenas do Amapá, Maranhão, Pará e Alagoas. Mesmo assim, a média do rendimento das famílias amazonenses que recebem o benefício não passou de R$ 955 em agosto.
No Brasil todo, a última taxa de desempregados, registrada entre 30 de agosto e 5 de setembro, foi de 13,7%. Na semana anterior, o número era maior: 14,3% de toda a população brasileira. Esses foram os dados atualizados até o momento na plataforma covid19.ibge.gov.br/pnad-covid/.
Pessoas ocupadas
Em agosto, 1.199 milhão de pessoas no Amazonas continuaram trabalhando, seja de forma presencial ou remota. Outras 72 mil pessoas são os trabalhadores que foram afastados e continuaram recebendo remuneração ou que já não estavam recebendo; 44 mil é o número de pessoas ocupadas que foram afastadas do trabalho e deixaram de receber remuneração.
Para 67,6% dos ocupados no Estado, não houve alteração no rendimento, mas para 28,9% o rendimento foi menor do que o normalmente recebido, enquanto apenas 3,5% faturou mais do que o habitual.
Entre as pessoas que seguem trabalhando, grande parte das ocupações são por conta própria, cerca de 474 mil pessoas, seguido por 319 mil empregados no setor privado com carteira assinada, e 116 mil do mesmo setor, mas sem carteira assinada. Os empregadores totalizaram 13 mil pessoas.
O número de trabalhadores auxiliares de família foi 104 mil em agosto, só no Amazonas, sem contar os trabalhadores domésticos – 42 mil pessoas sem carteira assinada e 4 mil com direitos trabalhistas.
No setor público, os servidores sem carteira assinada também são a maioria: 74 mil contra 20 mil com carteira assinada. O número de militares e servidores estatuários foi o terceiro maior na classificação do IBGE para o Estado: 148 mil pessoas.
Entre as atividades profissionais mais predominantes estão a de administração pública e defesa (269 mil pessoas); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (197 mil); comércio e oficina de veículos (191 mil); indústria geral (124 mil); indústria de transformação (106 mil); alojamento e alimentação (106 mil); informação e comunicação (92 mil); construção (72 mil); transporte, armazenagem e correio (69 mil); serviços domésticos (46 mil); e outros (147 mil).