O deputado estadual Felipe Souza (Patriota) esclareceu, nesta quarta-feira, dia 17, o motivo de ter denunciado a Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde (CPI da Saúde) ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Em vídeo, Felipe Souza defende que não queria que a CPI da Saúde fosse suspensa e sim que fosse apontada as irregularidades na escolha de integrantes da comissão.
Os deputados da base e da oposição estranharam o posicionamento do deputado. Ainda hoje, em discurso na sessão virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Felipe se pronunciou sobre o processo que levou o tribunal a suspender os trabalhos da CPI.
“Quero deixar bem claro à população do Estado do Amazonas e esclarecer qualquer dúvida. A CPI da Saúde vai continuar, a decisão do desembargador é com relação a escolha dos seus membros. Eu fui escolhido por duas vezes para compor a Comissão e por algum motivo me tiraram da CPI. Ora, eu assinei, eu sou a favor que se investigue quem quer que seja investigado, não pedi a suspensão da CPI, pelo contrário acredito que ela deve ir a fundo e buscar os culpados desse caos na saúde do Estado. O governo Wilson Lima (PSC) tem que ser investigado, os governos anteriores também”, afirmou.
O deputado salientou ainda que seu pedido à Justiça foi para que ele pudesse fazer parte da Comissão como lhe era de direito, de acordo com os termos do art. 24, IV, “b”, do Regimento Interno da Assembleia.
“Caso eu venha ser inserido como membro titular dessa CPI, a população pode esperar de mim um bom trabalho porque irei investigar a fundo e sem pena. Não me interessa quem são os culpados, eu não tenho nenhum tipo de padrinho político, bandido de estimação, então eu acho que talvez seja essa a grande preocupação de terem me tirado duas vezes da CPI, quando fui escolhido pelos meus próprios colegas deputados legalmente, mas na hora da formação sacaram meu nome em duas oportunidades”, declarou o deputado.
Ele disse ainda que ainda dá tempo de corrigir as falhas e continuar os trabalhos. “Então que seja feita a correção para que a CPI possa continuar e ninguém venha perder tempo com isso, quanto mais rápido a Assembleia aceitar a decisão, mas rápido a gente toca essa CPI e vamos chegar nos resultados. A CPI tem um prazo de 120 dias, estamos apenas com 20 dias de trabalho, é melhor que os erros sejam corrigidos agora do que lá na frente alguém venha questionar a CPI, dizer que ela ocorreu de forma ilegal e todo esse processo seja cancelado, aí sim seria um grande prejuízo à população. O lado bom disso tudo é que, corrigindo esse erro agora, a CPI não correrá esse risco, ela tramitará dentro da sua legalidade e a população e Manaus e do Amazonas podem contar comigo”, finalizou Felipe Souza.
Na decisão do desembargador Anselmo Chíxaro, ele dá o prazo de 15 dias para que o deputado Péricles Rodrigues do Nascimento (PSL), autor da CPI, se manifeste nos autos.