O deputado estadual, Serafim Corrêa (PSB), manifestou repúdio ao governo Bolsonaro e suas políticas econômicas, na manhã desta quarta-feira (29), durante o pequeno expediente na Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O parlamentar enfatizou pontos como a elevação do preço dos combustíveis, bem como a subida da energia elétrica e alimentos, e o corte de 10% das alíquotas do Imposto de Importação (II), o que, segundo o deputado, afetaria diretamente a Zona Franca de Manaus.
“Assunto que abordo hoje é a elevação dos preços. A biruta virou. Dada à instabilidade política que o país vive, o negacionismo do presidente da República e a falta de controle do ministro Paulo Guedes, no que diz respeito à economia, o que estamos assistindo são as contas de energia explodindo, agora, com a bandeira vermelha e bandeira de escassez hídrica. Isso jogou todas as contas lá para cima”, afirmou o deputado.
Imposto fixo sobre ICMS
O líder do PSB na Aleam falou sobre a proposta do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em querer fixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e deixar os demais impostos mais ‘flutuantes’.
“Obviamente isso é muito ruim. A gasolina daqui a pouco chega a R$ 7; o diesel será reajustado de novo; o gás, idem. Vemos o presidente da República querer que o ICMS tenha um valor fixo. Aí, independente de aumentar a gasolina na Petrobras ou não, o valor do ICMS seria aquele. O que ele está propondo é que o ICMS fique congelado em “x” reais e que o resto flutue. Não pode ser assim. Ou congela tudo ou não congela nada”, pontuou.
Após elencar os motivos pelos quais não apoia as decisões do governo Bolsonaro, Serafim Corrêa deixou claro que repudia a instabilidade política causada por declarações do presidente.
“Venho aqui nessa tribuna, dizer do meu repudio à política econômica deste governo, completamente equivocada. O que temos é uma instabilidade política, ou o presidente da República fica na dele e para de falar besteira, ou nós vamos ter cada vez mais o dólar inflado e com isso, a inflação indo lá para cima. (…) Portanto meu repudio aos mil dias do governo Bolsonaro”, finalizou.
Outros políticos defendem a ZFM
O senador do Amazonas, Eduardo Braga (MDB) se posicionou em suas redes sociais a respeito das medidas que tem sido tomadas pelo Governo Federal, salientando que seguirá fiscalizando os poderes.
“Espero que não sobre para a Zona Franca de Manaus (ZFM) – o maior programa de conservação ambiental do mundo. De qualquer forma, sigo vigilante em 2021, 2022, 2023 e por todo o período que for necessário, em nome da população amazonense”, afirmou Eduardo Braga.
O diplomata e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), também comentou sobre o assunto e afirmou que a ZFM será uma das causas que defenderá em seu partido.
“O Brasil não pode mais separar o Amazonas e a Amazônia do resto país, logo aqui, onde está sua galinha dos ovos de ouro, onde está o potencial trilionário a partir da biodiversidade. É preciso acabar com essa ideia de que a ZFM prejudica a economia do país, muito ao contrário, é ela que protege o grande trunfo para que ele se desenvolva plenamente. Esta, sem dúvida, será pauta presente em meu discurso nas prévias do @PSDBoficial”, afirmou.