Manaus, sábado 13 de dezembro de 2025
Pesquisar

booked.net

Deputado Daniel Almeida critica Lei Paulo Onça e diz que quem usa droga não merece prêmio

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

A criação da Lei Paulo Onça, homenagem ao sambista e compositor assassinado após uma briga de trânsito, gerou debate acalorado na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), na última quinta-feira (11). O Projeto de Lei institui a campanha permanente ‘Na Direção do Respeito’, voltada para ações contínuas de conscientização e prevenção a violência no trânsito.

O deputado Daniel Almeida (Avante) criticou o projeto e fez referência ao histórico de dependência química do artista. Para ele, a iniciativa “premia infratores”.

“Um dependente químico que pega o carro, usa droga e dirige está cometendo um crime. É inadmissível premiar o infrator dessa maneira, criando uma lei nesta Casa. Ele era talentoso, brilhante, mas perdeu para as drogas”, declarou.

A fala provocou reação imediata de outros parlamentares. O deputado Delegado Péricles (PL) defendeu o projeto e rebateu a abordagem de Daniel. Ele lembrou que Paulo Onça foi “espancado de forma truculenta por um assassino”.

Segundo o deputado, a proposta trata de conscientização no trânsito, não de absolvição. “Quem oferece perigo no trânsito deve ser punido, não espancado até a morte, como aconteceu com o Paulo. Vamos respeitar a família”, disse.

O deputado Rozenha (PMB) também criticou a postura de Daniel Almeida e destacou que, apesar dos problemas pessoais do sambista, nada justifica a violência.

“Paulo teve dificuldades com o vício, mas nada justifica a truculência. Ele pode ter sido culpado de um acidente, mas logo depois virou vítima de um crime muito maior: assassinato. Me espanta a falta de empatia”, afirmou.

As declarações também repercutiram fora do plenário. Em uma publicação nas redes sociais, Vitor (Vito), filho de Paulo Onça, classificou o discurso como “lamentável” e acusou o parlamentar de expor de forma covarde alguém que não pode mais se defender. Segundo ele, a lei foi pensada para promover conscientização contra a violência no trânsito e não para justificar crimes.

“Meu pai foi brutalmente assassinado. Em hipótese alguma alguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. Quem relativiza isso não deveria nos representar politicamente”, escreveu.

Paulo Onça, 63 anos, ficou cinco meses internado após ser brutalmente agredido por Adeilson Duque, conhecido como “Bacana” durante um acidente de trânsito na Praça 14, zona Sul de Manaus. O agressor fugiu sem prestar socorro e responde por homicídio qualificado.

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.