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Delegado Pablo Oliva e sua mãe entre alvos da operação Seronato da Polícia Federal

Delegado Pablo, eleito em 2018 pelo PSL e atual segundo suplente do União Brasil na Câmara Federal.Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Polícia Federal (PF) no Amazonas deflagrou na manhã desta sexta-feira, dia 15, a Operação Seronato, inaugurando a fase ostensiva de dois inquéritos policiais instaurados em janeiro e maio de 2019, respectivamente, para investigar as possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Entre os alvos estão o deputado federal Pablo Oliva (PSL-AM) e a mãe dele, Eda Maria Oliva Souza.

Na manhã desta quinta, o jornal Folha de São Paulo confirmou que o deputado Pablo Oliva (PSL-AM) é alvo da operação. Diz a publicação: “Deputado bolsonarista é alvo de operação da PF por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva”. A confirmação do nome do deputado ainda não havia sido divulgada pela PF.

A Polícia Federal  informou, por meio da assessoria, que foram cumpridos, em Manaus, seis mandados de busca e apreensão, todos, expedidos pelo Juiz da 2a Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas. São investigados um delegado de Polícia Federal, atualmente licenciado, e dois dos seus familiares, além de dois empresários e da ex-sócia de uma das empresas envolvidas.

As provas da materialidade delitiva e indícios de autoria colhidos ao longo do primeiro Inquérito Policial indicam que o policial federal teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que culminou com a operação Udyat, deflagrada no ano de 2012, para viabilizar, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe pelo valor de R$ 500 mil.
Por meio da segunda investigação criminal, a Polícia Federal pretende esclarecer sobre as possíveis ocorrências de crimes de falsidade, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro, em relação a fatos que envolvem a subcontratação, realizada por um consórcio de empresas que atuou na construção do Aeroporto Internacional de Manaus/AM, para que a empresa registrada em nome da mãe do policial federal executasse o paisagismo do aeroporto, pelo valor de R$ 1,2 milhão.
O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que um dos investigados teria se prevalecido do cargo policial para cometer fatos que tinha por dever reprimir.
O delegado Pablo foi o 2º deputado federal mais votado nas eleições de 2018.

Exoneração

No último dia 8 de maio, o governador Wilson Lima exonerou a mãe do deputado Pablo, Eda Maria Oliva Souza e nomeou Valdenor Pontes Cardoso, ex-deputado estadual e ex-titular da Sepror.

Empresa fantasma

O jornal Estado de São Paulo publicou reportagem, em novembro de 2019, dizendo que deputados do PSL usaram empresas fantasmas para se beneficiar da verba indenizatória indevidamente. O deputado federal Delegado Pablo Oliva foi mencionado junto com mais 20 deputados do partido que apresentaram notas de empresas de fachada para justificar reembolsos de 730 mil reais da verba indenizatória, o famoso cotão.

O deputado delegado Pablo pagou R$ 100 mil para um colega de partido cuidar de suas redes sociais e comunicação. De acordo com o Estadão, a consultoria não funciona no local informado na nota fiscal (rua Campina Verde 440, Flores). Igor Cordovil recebeu R$ 15 mil nos meses de fevereiro, março, abril e maio. Depois o valor mensal foi reduzido para R$ 10 mil em junho, julho, agosto, setembro e outubro, totalizando R$ 110 mil.

Igor Cordovil afirmou que não trabalha mais com o parlamentar e apenas responde pela secretária do PSL Amazonas.

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