Em fevereiro, Fávero apresentou na Assembleia Legislativa do estado um projeto de lei contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19. O texto afirma que a vacinação deve estar submetida ao direito de escolha do cidadão e impede que o governo de Mato Grosso transforme a campanha em compulsória. Na justificativa, Fávero alega que “atualmente, subsiste insegurança quanto à eficácia e eventuais efeitos colaterais das vacinas, onde apresentam um risco que, sem dúvida alguma, é irreparável, já que os efeitos a curto, médio e longo prazo da vacina são desconhecidos”, embora as vacinas aplicadas no país tenham tido aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), irá decretar luto oficial de três dias, que será publicado no Diário Oficial do estado. Em nota, Mendes afirmou que “Fávero deixou sua marca na história de Mato Grosso, lutando por aquilo que acreditava ser o certo” e era um “companheiro do estado na busca das melhores condições para os mato-grossenses”.
Alinhado a posições do presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual também compartilhava nas redes sociais publicações contra medidas de isolamento social e defendia tratamento precoce contra a Covid-19 sem eficácia comprovada. Fávero estava em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa e já tinha sido vice-prefeito de Lucas do Rio Verde (MT). O deputado era natural de Umuarama (PR) e deixa a esposa, Katia, e três filhos, Gabriel, Gustavo e João Ricardo. Por conta dos protocolos sanitários, não haverá velório.