*Da Redação Dia a Dia Notícia
O conselheiro Ari Moutinho Júnior, denunciado pela conselheira Yara Lins por ameaças e xingamentos antes da eleição para a presidência do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), possui um longo histórico de polêmicas desde que era vereador de Manaus nos anos 2000. Moutinho foi indicado ao cargo pelo então governador Eduardo Braga (MDB), que afirmou ter utilizado critérios pessoais.
“A vaga é minha, é um direito constitucional meu como governador. Nomeio aqueles que eu acho que reúnem o melhor critério da minha avaliação”, afirmou.
Dois anos antes da indicação, Ari Moutinho Júnior foi um dos 44 denunciados na Operação Albatroz, que apurava suspeitas de formação de quadrilha e um esquema de desvio de verbas de licitações no governo estadual. Secretário de Braga no momento da operação, Ari Moutinho negou, mas pediu para ser exonerado.
Em 2012, o conselheiro foi apontado como o pivô da desistência da então deputada federal Rebecca Garcia (PP) para que ela desistisse de disputar a Prefeitura de Manaus. Os dois mantinham um caso enquanto eram casados com outras pessoas. Na época, um áudio no qual Moutinho falava obscenidades para Rebecca vazou na imprensa. A parlamentar recuou da candidatura, temendo que sua vida pessoal fosse ainda mais devassada.
Em 2019, um boletim de ocorrência contra Ari Moutinho Júnior foi aberto por suspeita de agressão a um idoso, o empresário Dailton Cabral, de 70 anos. O caso teria ocorrido no Shopping Ponta Negra, zona Oeste da cidade. O motivo da agressão seria a disputa judicial de um terreno entre a família de Moutinho e o idoso.
Xingamentos a Wilson Lima e ‘rei do gás’
Já em 2020, o conselheiro fez acusações infundadas e proferiu xingamentos contra o governador Wilson Lima (União) durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Na mesma ocasião, chamou o empresário Carlos Suarez – dono da Cigás – de bandido.
Tanto Wilson quanto Suarez prometeram processar Moutinho.
“A democracia permite ideias divergentes, mas são inadmissíveis ataques à honra de quem quer que seja. Não é um ataque vil ao cidadão Wilson Lima. É uma ofensa grave ao cargo de governador constituído democraticamente pelo povo”, declarou Wilson.
Ameaças a Tiradentes
No mesmo ano, o jornalista Ronaldo Tiradentes acusou Moutinho Júnior de lhe fazer ameaças por meio de interlocutores. Os ataques começaram após Tiradentes publicar que o conselheiro comprou uma casa avaliada em R$ 20 milhões na cidade de São Paulo.