*Da Redação Dia a Dia Notícia
A investigação revelou a gravidade do caso que resultou na prisão de Sophia Livas de Morais Almeida, suspeita de atuar ilegalmente como médica em Manaus. Ela foi capturada, nesta segunda-feira (19), durante a Operação Azote. De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), a mulher chegou a se infiltrar entre profissionais da saúde, atender crianças com cardiopatias graves e gestantes com fetos cardiopatas. A informação é do Portal Rede Onda Digital.
De acordo com delegado, Sophia começou a ser investigada após o desdobramento da Operação Hipócrates, que prendeu outro falso médico na região metropolitana. A partir de novas denúncias, os policiais descobriram que Sophia havia se infiltrado em um curso de pós-graduação em Saúde Coletiva, onde convenceu professores e profissionais de que também era médica. Com isso, ela foi convidada a integrar um projeto voltado para o atendimento de pacientes em situação delicada.
“Ela teve acesso ao hospital universitário e, com isso, começou a angariar pacientes, principalmente crianças com problemas cardíacos, realizando atendimentos em consultórios de médicos que desconheciam sua verdadeira identidade”, afirmou o delegado.
A investigação apontou ainda que Sophia usava dados de uma médica com nome semelhante ao seu e chegou a emitir atestados falsos, o que levou à demissão de trabalhadores que apresentaram os documentos. Esses casos foram comunicados ao Conselho Regional de Medicina, que denunciou a situação à polícia.
Ela chegou a ser convidada para coordenar um seminário médico nacional previsto para acontecer em julho em Manaus.
“Ela convenceu os organizadores a levá-la até Brasília, onde visitou ministérios e parlamentares, se apresentando como médica e coordenadora do evento. Ao voltar, intensificou os atendimentos ilegais e passou a cobrar pelas consultas”, detalhou Cícero Túlio.
No momento da prisão, a falsa médica não demonstrou surpresa. Ela acompanhou os agentes até sua casa, onde foram encontrados receituários, atestados e outros documentos com nomes de médicos reais. No cartório, ela optou por permanecer em silêncio.
Sophia foi indiciada por falsidade ideológica, uso de falsa identidade, exercício ilegal da medicina, emissão de atestados falsos, curandeirismo, charlatanismo e estelionato contra vulneráveis. A polícia ainda investiga a possível participação de outros envolvidos.
Ela segue detida na delegacia e será levada à audiência de custódia nesta terça-feira (20/5), no Fórum Ministro Henoch Reis.
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