*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Polícia Civil do Amazonas apreendeu, nessa terça-feira (15), um segundo adolescente, de 17 anos, por envolvimento na morte de Fernando Vilaça da Silva, também de 17. O suspeito, no entanto, alegou em depoimento que agiu em legítima defesa em um caso de agressão que agora será minuciosamente analisado pela Justiça.
Segundo o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Guilherme Torres, o adolescente apreendido afirmou que Fernando Vilaça, acompanhado de outras duas pessoas, teria iniciado uma agressão contra ele e seu colega. “Ele fala que a vítima chegou próximo no momento dos fatos junto com outras duas pessoas e passou a agredir”, explicou Torres. O delegado ressaltou que a polícia apurou todas as circunstâncias e encaminhou o caso ao Judiciário, que decidirá qual tese será acatada.
O incidente ocorreu em 3 de julho, na rua Três Poderes, bairro Gilberto Mestrinho, zona leste de Manaus. Fernando foi agredido, levou um chute no ombro e caiu ao chão, batendo a cabeça e entrando em convulsão. Os envolvidos não prestaram socorro à vítima, que foi levada ao hospital por populares, onde teve a morte confirmada.
Com esta nova apreensão, já são dois adolescentes detidos por participação na agressão. O primeiro envolvido, de 16 anos, havia sido apreendido em 9 de julho. O segundo suspeito, o jovem de 17 anos, apresentou-se espontaneamente na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), acompanhado de um advogado, onde seu mandado de internação foi cumprido.
Apesar da alegação de legítima defesa, o delegado Guilherme Torres destaca que as evidências apontam para uma agressão deliberada. “Pelo que a gente entende, foi uma agressão deliberada de um dos menores, que desferiu um chute no ombro da vítima. Ela caiu, bateu a cabeça, entrou em convulsão e não foi socorrida pelos envolvidos”, afirmou. A polícia também investiga a informação de que o adolescente acusado de desferir o golpe fatal teria sido expulso da escola recentemente, o que poderia indicar antecedentes de comportamento agressivo.
O caso foi encaminhado ao Judiciário, que terá a responsabilidade de decidir se acata a tese da defesa ou se confirma o entendimento da polícia sobre a gravidade do ato. A Delegacia da Deaai segue acompanhando de perto o processo.
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