*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Demóstenes Lázaro Xavier Torres, defensor do almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, comparou as acusações de tentativa de golpe a declarações polêmicas de políticos de esquerda. Em sua sustentação, ele argumentou que as manifestações, mesmo que “absurdas”, estão sob a proteção da liberdade de expressão.
Torres citou, como exemplos de falas absurdas, comentários do deputado Guilherme Boulos (PSOL/SP) sobre guilhotina, do jornalista Ricardo Noblat sobre a facada em Bolsonaro, e do deputado Túlio Gadelha (Rede/PE), que curtiu um comentário sugerindo uma “facada verídica” no ex-presidente.
O advogado reforçou que o próprio Ministério Público Federal (MPF) entendeu que essas falas não eram crimes, pois não apresentavam dolo nem risco à soberania nacional. Para a defesa, a mesma lógica deve ser aplicada ao caso do almirante Garnier e dos demais acusados.
Demóstenes classificou a narrativa da Procuradoria como “inverossímil”, afirmando que Garnier não participou de qualquer articulação para um golpe de Estado. Ele concluiu pedindo a absolvição do almirante, alegando que a acusação contém “contradições” e “invencionices” sem provas sólidas da participação de seu cliente.
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