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Décima edição do Festival Amazonas Jazz terá atrações internacionais no Teatro

Festival adiado pela pandemia terá nova data divulgada em breve. Foto: Divulgação.

*Da Assessoria

Palco de concertos icônicos, o centenário Teatro Amazonas, em Manaus (AM), volta a figurar no roteiro dos grandes eventos internacionais de jazz, com o retorno do Festival Amazonas Jazz (FAJ) ao calendário cultural do Estado. O evento, que foi adiado em razão da pandemia do novo coronavírus, terá nova data anunciada em breve.

Para a edição que marca o aniversário de 10 anos do evento, foram preparadas mais de 15 apresentações reunindo a nata da música instrumental brasileira com a elite do jazz mundial. No line-up, destacam-se músicos que nunca se apresentaram no Brasil, como o trompetista norte-americano Keyon Harrold, um dos mais badalados do mundo, com composições que revelam sua sólida formação em jazz, conjugando com vertentes do funk, do afrobeat e do R&B. Inclusive, o instrumentista já tocou com estrelas mundialmente conhecidas como Snoop Dogg, Jay-Z, Eminem, Beyoncé e Rihanna, para citar apenas algumas.

Além dele, a programação inclui Ed Sarath, Randy Brecker, Jeff “Tain” Watts e John Fedchock NY Sextet, dos Estados Unidos; e Marcelo Coelho, Trio Corrente, Bruno Mangueira, Amilton Godoy Trio & Gabriel Grossi, do Brasil, entre outros.

A 10ª edição do Festival Amazonas Jazz também celebrará os 20 anos da grande anfitriã do evento, a Amazonas Band, responsável por receber grandes nomes nacionais e internacionais da cena jazzística em apresentações icônicas na capital amazonense. “A Amazonas Band tem contribuído para consolidar o gosto pelo gênero e gerar um legado artístico que hoje se constitui num patrimônio cultural do Estado”, destaca o regente titular da orquestra e diretor artístico do FAJ, Rui Carvalho.

Teatro Amazonas volta a receber músicos do gênero jazz. Foto: Michael Dantas/Divulgação.

Concertos no Teatro

Situado no coração da Amazônia e listado no ano passado pelo site da revista Vogue como uma das 15 casas de ópera mais bonitas do planeta, o Teatro Amazonas carrega consigo não apenas uma memória histórica da época áurea do ciclo da borracha. Ele é também um dos mais importantes palcos do Brasil e do mundo, e está estritamente enraizado no hábito cultural da cidade.

Durante o Festival Amazonas Jazz, dois concertos por noite prometem lotar o salão de espetáculos que tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a plateia e três pavimentos de camarotes.

A abertura trará uma composição do norte-americano Ed Sarath, “Rites of Passage”, que estreou no FAJ em 2008 e retorna em 2020 para homenagear os 10 anos do evento. Sarath estará no palco tocando flugelhorn, juntamente com o saxofonista brasileiro Marcelo Coelho em participações especiais com a Amazonas Band, sob regência de Rui Carvalho. Além da música, o espetáculo inclui uma coreografia baseada em um ritual indígena da etnia Tikuna, que será apresentada pelo Corpo de Dança do Amazonas (CDA). A concepção é de Rui Moreira, coreógrafo convidado especialmente para o festival.

E, claro, a última noite também será especial, trazendo o trompetista, flugelhornista e compositor, Randy Brecker, um dos mais influentes músicos de jazz dos últimos 40 anos, e Leila Pinheiro, intérprete, compositora e pianista de primeira linha da música popular brasileira.

Jazz no Rio Negro

Além de concertos no exuberante teatro, o festival aproveitará o que a Amazônia oferece de melhor: aos fins de tarde serão realizadas apresentações gratuitas no Abaré SUP And Food, um restaurante flutuante situado no Lago Tarumã, afluente do Rio Negro.

Quem não conhece o Amazonas pode até estranhar, mas as casas flutuantes são extremamente comuns no Estado. As moradias, construídas em sua maioria de madeira, acompanham a enchente e vazante dos rios e para aproveitar o cenário turístico, muitos apostaram nos restaurantes e bares flutuantes, que se tornaram opções de lazer para locais e turistas, que se divertem com banhos no rio, boa gastronomia e a vista do pôr do sol amazônico.

A proposta é descentralizar o festival, deixando-o com a “cara” da Amazônia, bem como atrair os olhares dos visitantes, conforme explicou o secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, durante o lançamento do evento.

“Promoveremos o encontro da música com a natureza, ‘conversando’ com o conceito de sustentabilidade, que está presente nesta edição do festival. É um projeto totalmente descentralizado, que trabalhará a cultura de forma mais ampla e aproximará o jazz do cidadão. Com esse planejamento estratégico, iniciado com bastante antecedência, conseguiremos agregar também o potencial turístico ao festival, movimentando a economia do Estado”, disse.

Além do restaurante flutuante, bares, casas noturnas e outros espaços gastronômicos da capital receberão apresentações durante os dias de Amazonas Jazz. Outra atração cultural do festival é Casa do Jazz, situada no Largo São Sebastião, onde acontecerão exposições, exibição de filmes de jazz e shows musicais.

A renomada Amazonas Band é uma das atrações do Festival. Foto: Michael Dantas/Divulgação.

Programação acadêmica

Desde sua primeira edição, o Festival Amazonas Jazz vem se pautando pela excelência da sua programação. Se por um lado o evento passou a atrair uma plateia ávida de espetáculos de jazz, por outro, contribuiu para a formação de estudantes de música, operadores de áudio e técnicos em manutenção e reparo de instrumentos musicais, ampliando seu alcance.

Em 2020, não será diferente. O festival terá workshops, palestras e masterclasses gratuitos, e totalmente abertos à comunidade. Serão mais de 30 opções, com conteúdos que vão de economia criativa à bateria, iluminação e sonorização para transmissão digital.

As atividades têm vagas limitadas e serão realizadas no Centro Cultural Palácio da Justiça, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, 901, Centro; no Teatro da Instalação, localizado na rua Frei José dos Inocentes, no Centro; e na Escola Superior de Artes e Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (ESAT/UEA), na avenida Leonardo Malcher, 1728, Praça 14 de Janeiro.

Novos talentos

O Festival Amazonas Jazz ainda ajudará a revelar os novos talentos da música local com a realização do Concurso Jovem Instrumentista, que terá premiação em dinheiro.

As inscrições para a disputa ocorreram entre julho e setembro de 2019 e mobilizaram dezenas de candidatos. Destes, 14 passaram para a semifinal, cujas audições foram realizadas de 16 a 19 de março deste ano. Os vencedores se apresentarão no palco do Teatro Amazonas, durante o festival.

“O objetivo é incentivar a nova geração de instrumentistas amazonenses, possibilitar o contato com artistas de renome e proporcionar o aprimoramento técnico e artístico de suas carreiras”, explica Rui Carvalho.

 

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