*Lucas dos Santos – Especial para Dia a Dia Notícia
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), acumula uma reprovação de 70% em seu segundo mandato, segundo uma pesquisa divulgada pelo instituto AtlasIntel publicada nessa sexta-feira (19), a qual avaliou a popularidade dos prefeitos de todas as capitais brasileiras. O gestor manauara está na penúltima posição do ranking, à frente apenas da prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP), que tem 79% de reprovação.
Segundo os dados da pesquisa, David Almeida caiu 12 posições em relação ao último questionário feito pela AtlasIntel sobre os prefeitos de capital. No quesito aprovação, apenas 23% dos moradores de Manaus apoiam a gestão do prefeito, enquanto outros 7% não souberam responder.
Na avaliação de governo, 49% dos manauaras considera a segunda gestão David Almeida como ruim ou péssima, 43% a acham regular e apenas 8% a classifica como ótima ou boa. Outros 1% não souberam responder à pergunta da pesquisa.
Na segmentação dos dados, o prefeito acumula avaliação negativa em todos os quesitos pesquisados. No recorte de gênero, 69,8% dos homens e 70,7% das mulheres desaprova a gestão de David Almeida. Nas faixas etárias, a pior avaliação é entre os jovens de 16 a 24 anos: 82,9% desaprova o chefe do Executivo de Manaus. No recorte educacional, 82,8% das pessoas com ensino fundamental desaprovam a gestão Almeida.
Classe média, evangélicos e bolsonaristas
Na renda familiar, pessoas que ganham de R$ 2 mil a R$ 3 mil são os que mais desaprovam o prefeito da capital amazonense: 81,1%. No recorte religioso, a pior avaliação é entre agnósticos e ateus (79,3%), mas chama atenção a desaprovação entre os evangélicos aferida pela pesquisa: 76,9%. David Almeida é evangélico declarado e conta com o apoio das bases formadas pelas igrejas da capital.
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Entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), David Almeida é desaprovado por 81,7%. Surpreendentemente, o prefeito pontua melhor entre eleitores do presidente Lula (PT), com 54,9% desaprovando sua gestão e 36,2% aprovando.
Ranking dos piores
De acordo com os dados da AtlasIntel, os prefeitos de capital com as piores médias de aprovação foram:
- Adriane Lopes, de Campo Grande – 79% de desaprovação, 14% de aprovação e 7% de indecisos
- David Almeida, de Manaus – 70% de desaprovação, 23% de aprovação e 7% de indecisos
- Álvaro Damião (União), de Belo Horizonte (MG) – 52% de desaprovação, 28% de aprovação e 20% de indecisos
- Sebastião melo (MDB), de Porto Alegre (RS) – 57% de desaprovação, 38% de aprovação e 6% de indecisos
- Sandro Mabel (União), de Goiânia (GO) – 47% de desaprovação, 38% de aprovação e 15% de indecisos
- Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo (SP) – 50% de desaprovação, 40% de aprovação e 10% de indecisos
- Paulinho Freire (União), de Natal (RN) – 46% de desaprovação, 41% de aprovação e 13% de indecisos
- Cícero Lucena (PP), de João Pessoa (PB) – 47% de desaprovação, 42% de aprovação e 12% de indecisos
- Tião Bocalom (PL), de Rio Branco (AC) – 55% de desaprovação, 42% de aprovação e 3% de indecisos
- Igor Normando (MDB), de Belém (PA) – 43% de desaprovação, 42% de aprovação e 15% de indecisos
Por outro lado, os melhores prefeitos do país segundo a pesquisa da AtlasIntel são Eduardo Braide (PSD), de São Luís (MA), com 82% de aprovação; Dr. Furlan (MDB), de Macapá (AP), com 78% de aprovação; Léo Moraes (Podemos), de Porto Velho (RO), com 75% de aprovação; JHC (PL), de Maceió (AL), com 73% de aprovação.
Os prefeitos João Campos (PSB), Eduardo Pimentel (PSD) e Arthur Henrique (MDB), respectivamente gestores das capitais Recife (PE), Curitiba (PR) e Boa Vista (RR), empatam com 64% de aprovação. Já Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro, e Eduardo Siqueira (Podemos), de Palmas (TO), empatam com 59% de aprovação. O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), fecha o top 10 com 56% de aprovação.
A pesquisa foi realizada entre os dias 6 de outubro e 5 de dezembro por meio da internet. Os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo. Em Manaus, 1.633 pessoas responderam ao questionário do instituto. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.



