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Da esquerda à direita: PCB e Novo lançam candidatos à Presidência da República

*Da Redação Dia a Dia Notícia

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido Novo (Novo) oficializaram nesse sábado (30/07) suas chapas para a Presidência da República. Pelo lado comunista, a economista Sofia Manzano lidera a chapa, que terá o sindicalista Antônio Alves como vice. No lado ultraliberal, o cientista político Luiz Felipe d’Ávila foi lançado para presidente, tendo o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG) como vice. As duas convenções ocorreram na cidade de São Paulo.

Revolucionários

As propostas do PCB abrangem revogação de “contrarreformas e de toda a legislação neoliberal contrária aos interesses dos trabalhadores, da juventude e da população pobre”, o que inclui a Lei de Responsabilidade Fiscal e do teto dos gastos e a criação de uma Lei de Responsabilidade Social, que garanta recursos para investimento público no desenvolvimento do país e nas áreas sociais.

A reforma tributária defendida pelo partido é “progressiva”, taxando lucros e dividendos, grandes fortunas, heranças e transações financeiras, além de isentar quem ganha até cinco salários mínimos da cobrança do Imposto de Renda. A política defendida pelo PCB é de “recomposição das perdas salariais e valorização do salário mínimo, aliada a uma reforma agrária sob o controle popular e ao combate permanente a todas formas de opressão.

Durante o discurso, Sofia Manzano falou sobre os 100 anos de história do “partidão nas ruas, denunciando as mazelas de um capitalismo que não deu certo por destruir seres humanos e meio ambiente”. Ela defendeu a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial. Abordou também algumas questões polêmicas como a descriminalização das drogas e do aborto.

“Somos a única candidatura que defende a descriminalização das drogas porque a política de guerra às drogas é na verdade uma política de matança e encarceramento da população negra e jovem. E somos a única candidatura que defende a legalização do aborto, porque o aborto em nosso país só é ilegal e criminalizado para a população pobre. Para mulheres ricas ele não é criminalizado, porque é tranquilamente praticado nas estruturas do mais alto luxo da saúde privada”.  Antônio Alves reiterou o compromisso de levar a palavra do PCB a favelas, comunidades, locais de trabalho e de estudo, moradias e aldeias indígenas. “Vamos estar onde o povo está”, disse.

Discurso liberal

O candidato Luiz Felipe d’Ávila, em seu discurso,  defendeu a união do país e o respeito às diversidades. “[O] Brasil melhor começa com um Brasil para todos, não só para sua tribo, para seu partido, mas para todos. E isso começa com o respeito à diversidade de ideias, de raças, essa é a potência desse país”, destacou.

“País dividido não cresce, não melhora a vida. País dividido vai continuar pobre, desigual e injusto. Não queremos esse Brasil. O Brasil da esperança começa com algo muito importante, a nossa capacidade, união para quebrar várias tribos que estão sabotando a esperança”, acrescentou.

O candidato ultraliberal afirma que tem como objetivo romper a polarização política entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre outros pontos já conhecidos do programa do Novo, D’Ávila defende a privatização de todas as empresas estatais do país, iniciando pela Petrobras.

Perfil dos candidatos

Sofia Manzano nasceu em 19 de maio de 1971 na cidade de São Paulo. Graduada em ciências econômicas pela PUC/SP, é mestra em desenvolvimento econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutora em história econômica pela USP. Foi aprovada em primeiro lugar em concurso público para professora do curso de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), motivo pelo qual mudou-se para Vitória da Conquista em 2013.

Desenvolve pesquisas sobre mercado de trabalho e desigualdade social no capitalismo. A militância no PCB teve início durante a campanha presidencial de 1989. Foi também atuante no movimento sindical. Integrou alguns sindicatos de professores, chegando a ser eleita vice-presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo entre 2015 e 2016.

Em 2014, Sofia foi candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Mauro Iasi, que acabou em penúltimo lugar com 0,05% dos votos.

Já Luiz Felipe D’Ávila, nascido em São Paulo, é cientista político, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard e coordenador do movimento Unidos Pelo Brasil. Fundou, em 2008, o Centro de Liderança Pública, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos. É escritor e tem 10 títulos publicados. Essa é a primeira vez em que ele se candidata ao cargo de presidente da República.

Seu partido já participou do pleito de 2018, na época encabeçado por João Amoêdo. A chapa dos ultraliberais acabou em quinto lugar com 2,5% dos votos no primeiro turno, à frente de figuras tradicionais da política nacional como o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, à época no MDB, e a ex-ministra Marina Silva (Rede).

*com informações de Agência Brasil e g1

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