*Especial da Redação Dia a Dia Notícia
As críticas feitas pelo senador Omar Aziz (PSD) contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e as investidas do presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, em torno de nomes da centro-direita e direita apontam um possível afastamento entre eles e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a pouco mais de um ano e cinco meses das eleições federais de 2026.
Nessa terça-feira (27), o senador chegou a fazer uma dobradinha com o presidente da Comissão de Infraestrutura (CI), Marcos Rogério (PL-RO), para atingir Marina Silva com críticas sobre a BR-319 e as mudanças na Lei do Licenciamento Ambiental, apontadas por ela como nocivas. Vale lembrar que os mesmos senadores tiveram fortes embates na CPI da Covid, presidida por Omar, onde o amazonense fazia parte do grupo crítico ao governo de Jair Bolsonaro (PL), enquanto Marcos Rogério era membro da tropa de choque de defesa do ex-presidente.
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As reincidentes críticas de Omar Aziz ao funcionamento do Meio Ambiente no governo Lula sinalizam a possibilidade de um racha entre eles, embora o senador negue.
Os recentes posicionamentos do presidente do PSD, Gilberto Kassab, também dão a entender que o partido poderá se afastar do petista nas eleições de 2026. Fora do eixo Norte-Nordeste, o PSD se alinha muito mais à centro-direita e à direita, a exemplo do governador paranaense Ratinho Jr. e do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, membro do grupo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A revista Veja noticiou nesta semana que o PSD de Kassab poderá liderar uma frente de centro-direita em uma eventual disputa contra Lula em 2026. O político apontou nomes como Ratinho Jr., o recém-filiado governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o governador paulista Tarcísio de Freitas. Além deles, há nomes como o governador goiano Ronaldo Caiado (União) e o governador mineiro Romeu Zema (Novo).
“Estou num projeto, que é o projeto do Tarcísio. Não escondo isso de ninguém. O PT sabe disso, o PL sabe disso, o União sabe disso, o meu partido sabe disso. E o projeto que ele apontar, eu estarei. Ele, como governador muito bem avaliado, vai apontar o caminho, vai apontar a chapa. É evidente que meu partido vai integrar essa coligação”, disse durante um evento do Insper.