*Da Redação Dia a Dia Notícia
A crise desencadeada pela operação Sem Desconto, que apura descontos indevidos de mais de R$ 6 bilhões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), acabou atingindo os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) e o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL). No caso dos senadores, ambos receberam apoio do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), investigada no esquema.
Durante o lançamento do Movimento Amazonas Forte de Novo, no qual Omar Aziz lançou sua pré-candidatura ao governo estadual e Eduardo Braga colocou seu nome para a reeleição no Senado, o sindicato investigado estendeu faixas de apoio às candidaturas na entrada do evento. Segundo as investigações, a instituição ligada à Força Sindical atuou ilegalmente para autorizar empréstimos consignados e descontar o dinheiro dos pensionistas indevidamente.

O sindicato ganhou evidência na mídia por ter como vice-presidente o sindicalista Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado de Omar e Eduardo no Amazonas. Na outra ponta ideológica aparece o deputado Capitão Alberto Neto, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi relator da medida provisória que contribuiu para facilitar as fraudes no INSS.
A medida foi enviada pelo governo Bolsonaro em 2021 e flexibilizou o controle sobre os descontos feitos pelo INSS. Em suas redes sociais, o parlamentar se defendeu e negou envolvimento na investigação. O bolsonarista afirmou que atendeu “a pedidos da sociedade para aguardar o término da pandemia para iniciar os recadastramentos, uma vez que os aposentados eram os grupos mais vulneráveis”.
O deputado foi o único entre os citados a assinar dois pedidos de comissões parlamentares de inquérito (CPI) para investigar as fraudes no INSS. Os requerimentos são capitaneados pela oposição ao governo Lula, apesar de as investigações apontarem que os descontos iniciaram em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro.
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