*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) informou que abriu um procedimento para apurar as circunstâncias da morte de Benício Xavier de Freitas, de apenas 6 anos, ocorrida entre o último sábado (23) e a madrugada de domingo (24), no Hospital Santa Júlia. O caso de Benício também está sob investigação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
A medida foi tomada após a repercussão da denúncia feita pelos pais da criança, que acusam a equipe médica de ter aplicado uma dosagem incorreta de adrenalina por via intravenosa.
Nessa terça-feira (25), os pais do menino Benício, Bruno Freitas e sua esposa, denunciaram publicamente que a morte do filho foi resultado de um erro médico. Segundo o pai, a criança foi levada ao hospital com um quadro de tosse seca e suspeita de laringite.
Bruno Freitas relatou que o filho foi atendido por uma médica que prescreveu um tratamento que incluía lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa, sendo 3 ml a cada 30 minutos. O pai alega que a dosagem e a via de administração do medicamento foram inadequadas, levando à morte da criança.
Em nota, o Cremam afirmou que tomou conhecimento dos fatos pelos meios de comunicação e agiu de ofício (por iniciativa própria), encaminhando o caso ao seu Setor de Processos Éticos.
O Conselho ressaltou que instaurou um procedimento que tramita em caráter sigiloso, conforme previsto no Código de Processo Ético-Profissional. O órgão de fiscalização médica não emitirá qualquer posicionamento ou juízo de valor antes da devida conclusão da instrução processual.
Em nota enviada o Hospital Santa Júlia informou que as investigações internas sobre o falecimento do menor, ocorrido em 23 de novembro de 2025, foram concluídas pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente.
O hospital ainda disse que a médica e a técnica de enfermagem, responsáveis pelo atendimento, permanecem afastadas de suas atividades, conforme medida adotada durante o processo de apuração.
Todas as informações levantadas serão formalmente repassadas às autoridades competentes e à família.
Ainda afirmam que sabem sobre a gravidade e sensibilidade do caso. A instituição reconhece a dor da família e da sociedade, e trabalha com seriedade e transparência, guiada pela responsabilidade técnica, pelo respeito e pelo compromisso com a segurança do paciente.
