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CPI da Saúde questiona valores embutidos nos contratos do Governo do Amazonas com a WFControl

Os altos custos com quadro pessoal acrescentados em processos indenizatórios firmados pelo Governo do Estado com empresas que deveriam, inicialmente, prestar apenas serviços de aluguel, foi preocupação abordada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, na tarde desta segunda-feira, dia 27, após depoimentos dos representantes das empresas Medplus e WFControl.

De acordo com o membros da CPI da Saúde, os contratos realizados pelo hospital de campanha da Nilton Lins são considerados ilegais e são alvo de investigação.

Após ouvir do sócio proprietário da Medplus que a empresa de São Paulo firmou processo para prestar serviços médicos e depois contratou profissionais do próprio estado, a Comissão confirmou junto ao senhor Fábio André Monteiro Lacerda, sócio da WFControl, que o valor embutido no total cobrado e concordado junto à Susam era muito superior ao mercado porque, em vez de ofertar apenas as ambulâncias – serviço originalmente prestado por ele -, a empresa teve de também disponibillizar os profissionais de saúde para atuarem nelas.

“O sócio-proprietário apresentou documentos hoje que serão analisados pela equipe da CPI e, se caso acharmos necessário, o convocaremos novamente para novos esclarecimentos. A empresa do senhor Fábio é mais um exemplo de valores apresentados por um empresário e não devidamente analisados, negociados, ou questionados pelo governo do estado”, afirmou o presidente da CPI, deputado estadual Delegado Péricles.

De acordo com o deputado estadual, o depoente alegou ter iniciado um tipo de acordo para a prestação de serviços, mas disse que eles teriam sido alterados depois. “Além do detalhamento não só referente ao número e tipo de ambulâncias destinadas para atender a saúde durante a pandemia – mesmo tendo ele alegado que o acordo inicial não era somente para demanda do Hospital de Campanha Nilton Lins -, a WFControl também prestou serviço de conservação e limpeza na mesma unidade hospitalar. Novamente uma mesma empresa ofertando serviços completamente diferentes. O senhor Fábio nos disse hoje que está em processo indenizatório porque ninguém assinou o contrato antes, mas sabemos que ele não é o único nesta situação e é o que estamos apurando”, concluiu.

A Medplus foi notícia na mídia pelo acréscimo nos valores de valores dos mesmos serviços que já prestava antes da pandemia no Amazonas.

A empresa tem sede em São Caetano do Sul em São Paulo e filiais em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Amazonas. Aqui em Manaus, a sede está em processo de abertura, segundo Tiago Leite. Os principais serviços oferecidos pela empresa são de serviços médicos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Covid-19. Atualmente, a MedPlus possui 17 contratos em todo o Brasil.

De acordo com planilha em posse da CPI, o percentual de aumento da WFControl chegou em alguns caso a até 187%. “São valores de impostos e taxas que deveriam ser responsabilidade da empresa e foram repassados ao estado embutidos nos valores dos serviços. Além de quadro pessoal agregado que não devia ser exigido da mesma empresa. É o contribuinte pagando a conta das empresas contratadas. O que estamos questionando aqui não são os empresários e sim gestão que permitiu tal absurdo”, concluiu.

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