A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde aprovou nesta quarta-feira, dia 27, o pedido para que o Ministério Público Federal forneça cópia completa do relatório da operação Maus Caminhos, que em 2016 desarticulou um esquema criminoso que desviava recursos da Saúde Pública do Amazonas.
O pedido para liberação do relatório foi apresentado pelo deputado estadual Fausto Jr, que é o relator da CPI da Saúde. O parlamentar argumenta que a investigação feita pelo MPF levou em conta desvios de recursos federais, porém existe a necessidade de aprofundar a investigação envolvendo recursos estaduais.
“Vamos usar o relatório da operação Maus Caminhos para analisar contratos envolvendo recursos estaduais repassados às empresas que forneciam produtos e serviços à Secretaria de Saúde do Amazonas”, afirmou Fausto Jr.
A operação Maus Caminhos foi uma investigação realizada em 2016, pelo Ministério Público Federal, para desarticular um grupo criminoso que desviava recursos públicos, por meio de contratos milionários, firmados com o Governo do Amazonas.
A primeira fase da investigação girou em torno do Instituto Novos Caminhos (INC), administrado pelo médico e empresário Mouhamad Moustafa, apontado pelo MPF como principal articulador da organização criminosa.
A CPI da Saúde também aprovou a convocação do ex-secretário de Saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, e da ex-secretária de Saúde da Capital, Daina Mejia. Eles terão que esclarecer as denúncias de irregularidades envolvendo a compra de respiradores hospitalares para o tratamento de pacientes com coronavírus.
A data para os depoimentos será marcada na próxima segunda-feira, durante reunião virtual da CPI.
Na sexta-feira, dia 29, os membros da CPI farão uma inspeção no hospital Nilton Lins, usado pelo governo do Estado para tratamento de pacientes com Covid-19. A inspeção foi sugerida pelo deputado Wilker Barreto e aprovada pelos demais membros da comissão.
“Vamos ao hospital de campanha Nilton Lins avaliar a verdadeira situação do hospital. Queremos verificar a quantidade de leitos disponíveis, equipe técnica trabalhando, aparelhos funcionando e a oferta de aparelhos de proteção individual aos funcionários”, propôs Fausto Jr.