O empresário Luciano Hang negou à CPI da Covid-19 ter feito parte do “gabinete paralelo”, grupo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da crise sanitária no Brasil provocada pelo novo coronavírus. A ida de Hang ao colegiado, nesta quarta-feira (29), também faz parte do esforço concentrado dos senadores para apurar irregularidades que envolvem a operadora de saúde Prevent Senior.
Aos senadores, o empresário afirmou que nada deve e não fez nada de errado. “A CPI não tem provas contra mim”, assinalou. “Não conheço, não faço e nunca fiz parte do gabinete paralelo, nunca financiei esquema de fake news e não sou negacionista”, afirmou.
Hang chegou ao Senado, vestido de verde e amarelo, pouco depois das 10h e falou com a imprensa. Ele afirmou que, ao contrário de outros depoentes, chega ao colegiado sem um habeas corpus que lhe concede o direito de não responder perguntas durante a oitiva.
“Hoje aqui estou sozinho, como um brasileiro normal, um comerciante. Tenho a certeza de que estou com Deus e com milhões de brasileiros que querem um Brasil melhor e é por isso que eu luto”, disse.
Aliado de Bolsonaro, o empresário, que assumiu a alcunha de Veio da Havan, dada por críticos, é suspeito de ter financiado a disseminação de fake news em blogs bolsonaristas e o grupo de consultores informais do presidente Jair Bolsonaro.