*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Um dos participantes do espancamento que matou o congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, em um quiosque da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, é o lutador de jiu-jítsu Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, de 21 anos.
O agressor, que está em prisão cautelar no Presídio de Benfica junto com Fábio Pirineus e Aleson Cristiano, afirmou que está com a “consciência tranquila”.
Em seu depoimento, conseguido pelo G1, Brendon afirma ter amarrado as mãos e pés do congolês para que ele (Brendon) não fosse perseguido depois.
As imagens de uma câmera de segurança do quiosque mostram que Brendon derrubou e imobilizou Moïse por vários minutos, no dia 24 de janeiro. Segundo o agressor, a briga começou em uma tentativa de defender o funcionário do quiosque, conhecido como Baixinho.
O lutador segue o relato dizendo que, ao retornar para o quiosque, um cliente informou que Moïse não estava respirando. De acordo com ele, nesse momento, desamarrou o congolês e tentou reanimá-lo.
Sem reação por parte de Moïse, Brendon afirma ter jogado água nos pulsos do congolês e tentado uma nova reanimação. Ele conta também que outro agressor, de apelido Belo, chamou uma ambulância, e diz que, somente no dia seguinte, teria descoberto a morte da vítima.
Barraca de PM
Brendon também contou à polícia que trabalha há cinco meses na Barraca do Juninho, também na praia da Barra. Segundo ele, o estabelecimento pertence ao cabo da Polícia Militar Alauir Mattos de Faria.
O agressor contou que só conhecia Moïse de vista, mas nunca haviam se falado. No dia do assassinato, em 24 de janeiro, Brendon afirma que estava no quiosque Biruta, ao lado do Tropicalia, e que ouviu uma confusão.
Ele diz ter visto Moïse “metendo a mão no cooler” do quiosque ao lado e que tentou evitar. Na sequência, que é possível ver nas imagens divulgadas, ele derruba Moïse, que passa a receber pauladas dos outros agressores.
O congolês levou ao menos 30 golpes com taco de madeira. Fábio Pirineus, Aleson Cristiano e Brendon Silva negaram em seus depoimentos à polícia que a intenção deles fosse matar.
*Com informações do Metrópoles