As primeiras doações da campanha SOS Amazônia, organizada pelo movimento Fridays for Future Brasil, com apoio de 16 jovens de diversos países e liderados pela ativista ambiental sueca, Greta Thunberg, chegaram em comunidades indígenas do Amazonas.
Desde sexta-feira, dia 3, cestas básicas, máscaras de proteção facial e kits de higiene estão sendo entregues sob coordenação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), responsável pela distribuição no Estado.
Aproximadamente 150 famílias das aldeias indígenas Galvão, Inhambé, Sahu-Apé e Tururukari, localizadas próximas de Manaus, além do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, receberam as doações.
“Uma peculiaridade dessas doações é que as cestas básicas foram personalizadas de acordo com a base alimentar dos indígenas. Então, além dos alimentos como arroz e feijão, também inserimos frutas e verduras regionais”, afirmou uma das coordenadoras da ação, a responsável pelo Programa Cidades Sustentáveis da FAS, Paula Gabriel.
Segundo ela, ainda nesse mês, as doações serão encaminhadas para mais 620 famílias de 11 comunidades em Manaus e 400 famílias dos municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Lábrea e Tapauá. O objetivo é chegar nas etnias Yanomami, Paumari, Apurinã, Deni, Jamamadi e Jarawara.
As doações para campanha SOS Amazônia são realizadas através do site www.sosamazonia.fund. Mais de 1200 pessoas já viabilizaram mais de R$ 226 mil. A meta da iniciativa é arrecadar R$ 1 milhão. Para os organizadores da campanha, as comunidades indígenas e ribeirinhas amazônicas são as maiores protetoras da floresta e fundamentais na luta contra as mudanças climáticas. Por isso, é importante apoiar a ação para diminuir os impactos da pandemia do coronavírus nessas populações.
FAS
A FAS está realizando essa atividade através da Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus, em parceria com 86 instituições, empresas, secretarias e prefeituras. Juntos, já atingiram mais de 36 mil pessoas com diversas ações, em três meses, para diminuir as consequências da Covid-19.