*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Uma analise do Centro de Pesquisa, Ensino e Desenvolvimento Tecnológico (Gerontec) diz que os óleos da castanha do Brasil e do açaí podem amenizar as sequelas deixadas pela infecção da Covid-19. A organização faz parte da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (Funati).
Ademais, o método analisa o material extraído das especiarias com a finalidade de averiguar a capacidade das substâncias. A pesquisa é desenvolvida pelo doutor em medicina e ciências da saúde, Euler Ribeiro, reitor da Funati. Além disso é feito em parceria com a engenheira química e mestranda em biotecnologia, Vitória Farina Azzolin.
A substância G-Nut fornece a relação entre o desenvolvimento de produtos biotecnológicos e nanoestruturado. O objetivo principal é amenizar o processo de oxidação inflamatória do sangue que afeta, adultos e idosos principalmente, como sequelas da infecção pelo coronavírus.
“Como a gente já vem estudando bastante o envelhecimento do homem da floresta, nós estamos utilizando não só as frutas, mas as ervas amazônicas que o homem da floresta usa. Então foi feita aqui uma experiência. Nós tiramos o óleo da castanha do Brasil com o guaraná, por isso que o nome escolhido foi G-Nut. (nut significa castanha em inglês)”, disse Ribeiro.
Testes clínicos
Mais de 100 idosos participaram do estudo, e 80% revela sentir alguma dificuldade referente à memória. isso acontece com pessoas que tiveram o vírus.
“Essa pandemia por esse tipo de vírus, que é da mesma raiz dos vírus da Influenza, da gripe, modificado, e ele tem uma ação que interfere em várias funções. Uma das funções e que tem características a perda da memória. Então essa perda da memória ela tem circulado nas artérias e arteríolas do cérebro, uma proteína chamada beta-amilóides. A virose fez a precipitação dessas proteínas que enovelam os neurônios e evita chegar à informação e armazená-las, e depois você dizer o que foi da informação que veio, isso é a memória, então a memória está prejudicada”, afirmou Euler.
O início dos testes clínicos poderão ocorrer no início do ano que vem, quando for finalizado o estudo. Ainda de acordo com o médico, os pacientes serão acompanhados mensalmente, “Melhorou a memória? A glicemia está mais baixa, não acima de 100, como acontece nos diabéticos? Como está o colesterol, tem mais HDL, que é o bom colesterol, ou mais LDL, o colesterol ruim?”, disse Ribeiro.
A escolha do produto foi com base nas propriedades existentes nos frutos amazônico, pois duas castanhas equivalem a um bife de 150g em proteínas, e ainda contém selênio, que é um metal que dá um start no sistema de defesa do organismo. Já o guaraná é um antioxidante que evita a morte celular.
“Nós estamos trabalhando nesse sentido, para ver se a gente recupera os sequelados, principalmente, aqueles que tiveram tromboembolia dentro do pulmão, porque o vírus faz uma coagulação intravascular disseminada e que compromete o pulmão. A nossa esperança é que esse produto realmente diminua a oxidação promovida pelos vírus. É essa oxidação celular que mata as células, então nós vamos testar, quantas células eles perderam em tal período, e quantas células novas eles ganharam no mesmo período utilizando o óleo do guaraná com a castanha, o G-Nut”, informou.
O estudo sobre a castanha do Brasil com o açaí está na fase de testes e passará para a fase laboratorial para então começar a ser experimentado em mais dos 100 idosos.
As pesquisas são com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), juntamente com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),