*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta segunda-feira (26), o governador Wilson Lima afirmou que a imagem da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) não pode ser maculada por conta do episódio envolvendo 12 policiais investigados pelas mortes de quatro pessoas na última semana. A declaração foi feita durante uma entrevista à rádio Tiradentes.
“Esse tipo de comportamento, se de fato for comprovado pela investigação, não representa o comportamento, o dia a dia do nosso policial que está para defender a nossa sociedade”, disse o governador.
Wilson Lima disse ainda que a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) está empenhada em concluir a investigação sobre o crime. Os 12 policiais militares suspeitos de envolvimento nas mortes foram presos no último sábado (24).
Habeas corpus
No último sábado (24), a desembargadora plantonista, Luiza Cristina da Costa Marques, negou um habeas corpus aos 12 policiais militares suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas em Manaus. De acordo com a magistrada, a manutenção da prisão dos policiais é necessária para o “deslinde das investigações do inquérito policial”.
“Sendo assim, a meu sentir, verifico que a fundamentação da impetrada encontra-se clara, adequada e suficiente, mostrando-se idônea a manutenção da custódia cautelar dos pacientes, tendo em vista que permitem denotar risco ao curso da investigação, posto que há iminente risco de destruição de provas e/ou fuga”, diz um trecho da decisão.
Os policiais presos são Charlys Mayzanyel da Ressurreição Braga; Charly Mota Fernandes; Tharle Coelho Mendes; José Vandro Carioca Franco; Maykon Horara Feitoza Monteiro; Diego Bentes Bruce; Dionathan Sarailton de Oliveira Costa; Weverton Lucas Souza de Oliveira; Anderson Pereira de Souza, Jonan Costa de Sena; Marcos Miller Jordão dos Santos e Stanrley Ferreira Cavalcante.
Relembre o caso
Os policiais foram filmados abordando as vítimas da chacina na terça-feira (22). Na manhã do dia seguinte, os dois homens e as duas mulheres que estavam em um Onix branco foram encontrados mortos, com marcas de tiro e sinais de tortura.
Logo após os corpos das vítimas serem encontrados, alguns vídeos começaram a circular nas redes sociais, onde mostram os policiais da Rocam vasculhando o carro, enquanto as duas mulheres aparecem de frente para uma viatura com as mãos para cima. Já outras imagens, mostram as mulheres na mesma posição de frente para um muro.
A divulgação dos vídeos motivou a Polícia Militar a investigar os policiais e afastá-los do trabalho. As vítimas da chacina eram Diego Máximo Gemaque (33), Lilian Daiane Máximo Gemaque (31), Alexandre do Nascimento Melo (29) e Luciana Pacheco da Silva (22).
