*Da Redação Dia a Dia Notícia
Com a retomada dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) para o segundo semestre nesta sexta-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes comentou, pela primeira vez, sobre as sanções impostas pelos Estados Unidos contra ele.
A sessão foi marcada por discursos de solidariedade a Moraes por parte dos ministros, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, que representou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em tom firme, o magistrado destacou que continuará exercendo sua função jurisdicional e não irá se acovardar diante das ameaças. Veja os principais momentos do discurso:
Moraes iniciou sua fala dizendo que há uma organização criminosa que age de forma “covarde e traiçoeira” para submeter o funcionamento do STF ao crivo de um Estado estrangeiro.
“Temos visto as ações de diversos brasileiros que estão sendo processados pela PGR ou investigados pela PF. Estamos verificando diversas condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa que, de forma jamais vista, age de maneira covarde e traiçoeira para submeter o funcionamento do STF ao crivo de um Estado estrangeiro”, disse.
Na última quarta-feira (30), o governo dos Estados Unidos aplicou a Lei Magnitsky contra o magistrado brasileiro. Autoridades americanas acusaram Moraes de realizar uma “caça às bruxas”, praticar censura e violar direitos humanos.
Em um comunicado justificando a aplicação da lei, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que o ministro “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.
Moraes teceu criticas a pessoas que estão intermediando negociações com governos estrangeiros contra o Brasil. O ministro não citou nominalmente o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março e é investigado por atuar de lá contra o Judiciário brasileiro.
