*Da Redação Dia a Dia Notícia
O ranking da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que a gasolina do Amazonas é a segunda mais cara do Brasil. Entre janeiro e novembro deste ano, o combustível aumentou quase 30%. O maior preço registrado no país foi no Acre, também na região Norte, com o preço médio da gasolina em R$ 6,75, enquanto no Amazonas está R$ 6,48.
O portal RealTime1 levantou informações junto ao Observatório Social do Petróleo (OSP), a Refinaria da Amazônia (Ream) possui o maior preço entre as empreas de combustíveis. No último registro, em 27 de outubro, a gasolina vendida pelo grupo Atem para as distribuidoras era de R$ 4,80, enquanto a Petrobras vendia a R$ 4,05. A antiga Refinaria de Manaus – Isaac Sabbá (Reman) foi privatizada em dezembro de 2022, no apagar das luzes do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Outro fator que levou ao aumento da gasolina e de outros combustíveis foi o fim da isenção de impostos federais, iniciada em 2022 nas proximidades do período eleitoral.
Diminuição de uma semana
No mês de outubro, a Ream reduziu o valor de venda da gasolina em 50 centavos, fazendo os postos venderem o combustível a R$ 5,99. Contudo, a diminuição no preço durou apenas uma semana, com o preço de R$ 6,49 retornando às bombas.
A refinaria não deu explicações do porquê da mudança.
Formação de cartel
Além do combustível caro devido à privatização, correm suspeitas de formação de cartel entre as redes de combustíveis no estado do Amazonas. Comissões parlamentares de inquérito (CPIs) realizadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) apontaram para possível existência de cartel, mas as investigações não avançaram posteriormente.