Na noite desta segunda (18), Francinete Magdalena, mãe da YouTuber mirim Bel, do canal “Bel Para Meninas”, foi acusada pelos internautas de ter comportamento abusivo e explorador com a sua própria filha. Somados, os canais da família possuem mais de 18,5 milhões de inscritos.
Um movimento nas redes sociais surgiu por meio da hashtag #SaveBelParaMeninas. Usuários do Twitter começaram a evidenciar momentos dos vídeos do canal delas onde Bel estaria sob coação da mãe, agindo por obrigação ou “sofrendo maus-tratos”, na visão de alguns.
Além disso, internautas também acusam os pais de Bel de não permitir que a YouTuber “cresça”. Segundo várias postagens, Bel, que se aproxima de seus 14 anos, segue sendo infantilizada para produzir conteúdo no canal do YouTube.
Há postagens de centenas de usuários com momentos onde Fran é grossa, indiferente ou “ameaçadora” com sua filha, Bel.
Antes de estourar, Bel e Fran começaram a fazer vários, desafios, entre eles o smoothie challenge, onde tem mais de 4 vídeos. Esse abaixo é um dos primeiros. Para vocês terem noção, a menina >>Vomita<< e a mãe ri pic.twitter.com/xI525oXZmC
— 𝙜 𝙞 𝙪 𝙡 𝙞 𝙖🥀 (@giuxsl) May 19, 2020
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Cidade Alerta
O apresentador do Cidade Alerta, na TV Record, Luiz Bacci tentou entrar em contato com os pais da menina, nesta terça-feira, sem sucesso e abordou o caso no programa, exibindo alguns dos vídeos apontados na web como comprovação dos maus tratos.
Bacci comenta os vídeos da família do "Bel Para Meninas". Veja um dos vídeos publicados pela mãe na Internet #CidadeAlerta pic.twitter.com/k6owBPArBS
— Record TV (@recordtvoficial) May 19, 2020
Inquérito civil público
Segundo o site UOL, o Ministério Público de Minas Gerais instaurou um inquérito civil público em 2016 para investigar uma possível irregularidade sobre o conteúdo do canal “Bel Para Meninas”.
Na época, o procurador Fernando Martins justificou a abertura do inquérito por ver nos vídeos “práticas de direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica ao público infantojuvenil com a intenção de persuadi-lo para o consumo de produtos/serviços por meio de, por exemplo, aspectos relacionados à linguagem infantil, a efeitos especiais e excesso de cores, a trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança e à representação de criança”.