*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Plenário da Câmara Federal aprovou nesta quinta-feira (2) a indicação do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão auxiliar do Congresso Nacional no controle externo da administração pública. A indicação será transformada em um projeto de decreto legislativo a ser enviado para o Senado. Filho do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Jhonatan recebeu 239 votos, com apoio inclusive da base do governo Lula (PT), que recebeu apenas 23,92% dos votos de Roraima nas eleições de 2022.
Ao agradecer os apoios recebidos, Jhonatan afirmou que representará o Congresso no tribunal, mantendo o gabinete de portas abertas. “O TCU não existe para punir, mas para auxiliar o Parlamento”, observou.
O deputado ainda defendeu em Plenário que as decisões do Tribunal de Contas da União sejam técnicas e adequadas.
“Ninguém sob minha a orientação será condenado com base em interesses de grupos ou de pessoas que queiram transformar o TCU numa arena de perseguição política a adversários”, afirmou.
Derrotados, o ex-deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que já foi vice-presidente da Câmara e não foi reeleito em 2022 após quatro mandatos consecutivos, obteve 174 votos, enquanto a deputada Soraya Santos (PL-RJ), com 75 votos, havia cobrado em discurso mais oportunidades para a participação feminina em instituições e órgãos técnicos.
Suplente
A indicação de Jhonatan de Jesus partiu da liderança do Republicanos na Câmara e contou com apoio de sete legendas (MDB, PDT, Podemos, PP, PSB, PSD e União) e de duas federações (PSDB-Cidadania e PT-PCdoB-PV).
O Republicanos deverá manter a vaga na bancada de Roraima com Gabriel Mota, hoje vereador em Boa Vista e primeiro suplente do partido no estado.
Jhonatan havia iniciado o quarto mandato na Câmara, tendo sido o mais votado no estado em 2022, com 19,8 mil votos.
Aposentadoria
A vaga no Tribunal de Contas da União foi aberta pela aposentadoria da ministra Ana Arraes, em julho último. Ex-deputada de Pernambuco pelo PSB, ela integrou o tribunal entre 2011 e 2022.
Filha do ex-governador Miguel Arraes (PSB), mãe da deputada Maria Arraes (Solidariedade) e da ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade), além de tia do atual prefeito de Recife, João Campos (PSB), Ana Arraes foi a primeira mulher indicada pela Câmara como ministra do TCU, mas a segunda na Corte. Élvia Castello Branco foi ministra de 1985 a 1997.
