*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A cidade de Manaus, com pouco mais de 2 milhões de habitantes, tem apenas 24 creches públicas para atender as crianças do município. Boa Vista, capital de Roraima, cinco vezes menor que a capital amazonense, tem 45. Os dados refletem a dificuldade da Prefeitura de Manaus no atendimento à primeira infância.
De acordo com o Ministério da Educação, das mais de 153 mil crianças na faixa etária de 0 a 4 anos em Manaus no ano de 2022, apenas 6.703 eram atendidas em creches públicas. O dado representa menos de 5% da meta do Plano Nacional da Educação (PNE), que prevê 50% de alcance.
A atual gestão da Prefeitura de Manaus prometeu 5 mil novas vagas em creches, chegando a 10 mil, mas só entregou pouco mais de 1 mil. Das seis unidades entregues desde 2021, uma já havia sido inaugurada no final de 2020 pelo prefeito anterior. Como cada creche só tem capacidade para 200 crianças, há um déficit de aproximadamente 4 mil vagas.
Para resolver o problema das creches, Roberto Cidade, pré-candidato à Prefeitura de Manaus pelo União Brasil, prevê a ampliação do atendimento no município por meio de convênios, que resultarão na ampliação na oferta de vagas 100% gratuitas em todas as zonas da cidade.
“Investir em educação será prioridade na minha gestão. O nosso compromisso é trabalhar para mudar a realidade da cidade de Manaus, que está abandonada. Se hoje um pai e uma mãe não têm onde deixar seus filhos pequenos, é porque o atual prefeito não entregou as vagas de creche que prometeu. Isso será minha responsabilidade, e eu vou resolver”, disse Cidade.
Merenda de qualidade
Além da falta de investimento em vagas para creches, a qualidade da merenda escolar é outro problema da atual gestão. Em abril deste ano, o Ministério Público Amazonas (MP-AM) instaurou inquérito para apurar irregularidades no fornecimento de merenda escolar em creches administradas pela Prefeitura de Manaus.
Apesar da péssima qualidade no serviço, apenas entre 2023 e 2024, o Governo Federal repassou mais de R$ 46 milhões à Prefeitura de Manaus, por meio do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Nada justifica dar suco e bolacha na merenda das crianças. Na minha gestão, merenda vai ter comida de verdade, pois quase sempre é a refeição dos alunos”, afirma Cidade.