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Citando informações falsas, escola em Miami proíbe professores de serem vacinados

Uma escola particular de Miami proibiu seus professores e demais funcionários de tomarem a vacina contra a Covid-19, citando argumentos sem qualquer evidência de que o contato com pessoas vacinadas seria prejudicial para as crianças. A unidade também está impedindo professores que foram imunizados de entrarem em contato com os alunos. Enquanto os Estados Unidos se esforçam para vacinar sua população, a ação do Centner Academy é alvo de críticas, que consideram a decisão como um exemplo claro dos perigos da desinformação.

Leila Centner, cofundadora da instituição de ensino, escreveu em uma carta à sua equipe que não será permitido que professores vacinados se aproximem das crianças. Àqueles que não foram imunizados, exige que não o façam até o final do ano letivo.

— Houve relatos de pessoas não vacinadas que foram afetadas negativamente pela interação com pessoas que foram vacinadas — alegou Centner, ecoando informações falsas que circulam nas redes sociais.

Em nota enviada à AFP na segunda-feira, Centner explica que “parece que quem recebeu as injeções pode estar transmitindo algo de seus corpos àqueles com quem estão em contato”.

Essas afirmações, no entanto, já foram refutadas por cientistas e diversos verificadores de fatos.

— Não há evidências que sugiram que a vacina faça com que uma pessoa libere o vírus SARS-CoV-2 — disse Jamie Scott, professora emérita e ex-pesquisadora de imunidade molecular da Universidade Simon Fraser, no Canadá. — É impossível, uma vez que todas as vacinas fazem as células produzirem apenas a proteína espicular e nenhum outro componente do vírus”, esclareceu a especialista à AFP Fact Check, a equipe de verificadores de fatos da AFP.

Também Dasantila Golemi-Kotra, professora associada de microbiologia da Universidade de York, disse que “nenhuma proteína é expelida quando somos vacinados, isso é uma ideia distorcida”.

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, autoridades equivalentes em todo o mundo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovaram o uso emergencial de várias vacinas depois que elas se provaram seguras e eficazes.

O processo de vacinação na Flórida está avançando rapidamente, com 6 milhões de pessoas imunizadas entre uma população de 23 milhões.

Alguns pais ficaram irritados com a decisão de Centner. Na escola, dizem “meu corpo, minha escolha”, apontou Lidia, uma mãe que não quis se identificar. “E ainda assim eles estão dizendo aos professores algo totalmente oposto”, disse ela ao canal local 6 South Florida, da NBC.

*Com informações do Extra

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