*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas realizou um mutirão de cirurgias em pessoas transsexuais e intersexo. A ação foi vista como um evento histórico, visto que o estado não possui nenhum centro de referência para a redesignação sexual no serviço público. Dos 22 pacientes atendidos, três eram indígenas intersexo, ou seja, pessoas com mutações nos cromossomos sexuais que os fazem ter características masculinas e femininas, como testículo e vagina. As informações são da Folha de S. Paulo.
O mutirão ocorreu entre os dias 27 e 31 de agosto do ano passado e foi organizado pelo Hospital Universitário Getulio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam), e pelo Ministério da Saúde, com o apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação e responsável pela gestão de 40 hospitais universitários federais do Brasil e da Sociedade Brasileira de Urologia.
O evento atendeu quem era usuário do Ambulatório de Diversidade Sexual e de Gêneros da Policlínica Codajás, local onde recebem atendimento multiprofissional, com ginecologista, mastologista, urologista, psicológos, psiquiatras e fonoaudiólogos.
Segundo os organizadores, o Amazonas foi escolhido devido à alta demanda no estado e em toda a Região Norte, intensificada pela não existência de um centro capacitado para realizar os procedimentos.
Os pacientes, muitas vezes, precisavam solicitar um tratamento fora de domicílio (TDF), o que implica, muitas vezes, em custos de deslocamento e também riscos relacionados à recuperação.