A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) entregou aos moradores de cinco comunidades indígenas localizadas na Região do Baixo Rio Negro, 500 máscaras e 500 frascos de álcool em gel nesta sexta-feira (07/08). O material irá auxiliar as comunidades que vivem do Turismo, por ocasião da abertura das Unidades de Conservação Estaduais à visitação.
De acordo com a diretora do departamento de Desenvolvimento do Turismo da empresa pública, Denise Bezerra, as máscaras serão usadas pelos comunitários e o álcool em gel será disponibilizado na entrada das ocas para serem usados pelos indígenas e visitantes.
Duas dessas comunidades – Cipiá e Tatuyo – estão localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista. Outras duas – Diakuru e Tuyuka – estão situadas na RDS Tupé. A quinta comunidade beneficiada está localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Janauarí.
A Amazonastur integra o Grupo de Trabalho (GT) Indígenas Tupé Puranga Conquista, criado por convocação do Ministério Público Federal (MPF). Esse GT tem a responsabilidade de ordenar o turismo nas duas reservas.
Além da Amazonastur e MPF, compõem o GT: Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação Estadual do Índio (FEI), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e Fundação Nacional do Índio (Funai).
Vídeo
Visando a retomada das atividades turísticas nessas comunidades, o GT auxiliou os indígenas na gravação de vídeos na língua nativa da comunidade com as medidas de prevenção ao novo coronavírus para a recepção dos visitantes. Os vídeos, cuja gravações encerraram nesta sexta-feira, são nas línguas: Tukano, Tikuna, Saterê e Tatuyo.
Eles irão circular entre os comunitários e orientam, entre outras medidas, que nenhum turista pode entrar na comunidade sem máscara, que na entrada da oca deverá fazer uso do álcool em gel para higiene das mãos e que será exigido o distanciamento de um metro entre os visitantes.
“Além disso, os vídeos orientam ainda que os visitantes não poderão participar da dança de encerramento do ritual com os indígenas, que não poderão ficar muito próximos dos comunitários para tirar fotos e, ainda, que não poderão degustar as comidas tradicionais dos indígenas como farinha de mandioca, beiju, formigas e peixes assados. Essas interações eram comuns antes da pandemia”, ressalta Denise Bezerra.