*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Apontado como um dos principais traficantes do Amazonas, Douglas Conceição de Souza, conhecido como “Chico Rato”, foi morto durante a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na última semana, considerada a mais letal da história do país, com 121 mortos. O criminoso, que tinha 32 anos, acumulava um longo histórico de envolvimento com o tráfico de drogas e homicídios em Manaus.
Em 2018, Douglas foi preso acusado de executar os irmãos Isaías dos Santos Rabelo e Hilmes Souza Rabelo Filho, mortos a tiros em 4 de dezembro de 2017, no bairro Tancredo Neves, zona Leste da capital. A Justiça do Amazonas o condenou, em 2019, a 40 anos de prisão pelo duplo homicídio qualificado. Na época, ele já cumpria pena em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo.
Conhecido por agir com extrema violência, Chico Rato também respondia a outro processo por um assassinato ocorrido em 1º de agosto de 2017, no mesmo bairro. Segundo investigações conduzidas pelo então delegado Juan Valério, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Douglas comandava o tráfico de drogas no Tancredo Neves e atuava como pistoleiro do Comando Vermelho (CV).
Antes de integrar o CV, o criminoso mantinha relações com João Branco, um dos fundadores da Família do Norte (FDN), facção que dominou o tráfico de drogas no Amazonas por anos e posteriormente firmou aliança com o Comando Vermelho. A polícia apontava Chico Rato como um dos elos entre os grupos criminosos.
De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), o duplo homicídio de 2017 foi motivado por uma dívida de drogas. No dia do crime, Douglas e outro comparsa chegaram em um carro à Rua João Só (antiga Rua Fábio Lucena) e abriram fogo contra as vítimas. Dois homens que estavam no local, Edson Santos Souza e Alan Moraes Bonfim, também foram atingidos, mas sobreviveram.
A morte de Chico Rato, confirmada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, durante coletiva sobre a operação, encerra a trajetória de um dos criminosos mais procurados do Norte do país — um nome que simboliza a ligação entre as facções amazonenses e o crime organizado no Sudeste.
