Pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h30 desta sexta-feira (22/1), um avião comercial da Emirates com 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca.
A aeronave Boeing 777-300 saiu da Índia na quinta-feira (21/1), após atraso do governo local para liberar a exportação das doses para o Brasil. As vacinas devem começar a ser distribuídas aos estados neste sábado (23/1). Neste momento, funcionários do terminal aéreo realizam o descarregamento do lote de vacinas que passará por trâmites alfandegários em Guarulhos, conta o Metrópoles.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, juntamente com os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fábio Faria Comunicações), receberão os imunizantes. O embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, também participará do encontro.
A carga com 2 milhões de doses do imunizante da Oxford/Astrazeneca seguirá de Guarulhos para o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, em um voo feito por um Airbus A330neo da companhia aérea Azul. A partir de então, ficam sob responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Inicialmente, o transporte das vacinas estava marcado para a quinta-feira (14/1), mas o voo foi cancelado após o governo indiano vetar a liberação das doses. Na manhã desta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou qualquer complicação diplomática com Índia ou China.
“Nunca houve qualquer estremecimento nas relações entre Brasil e China e entre Brasil e Índia. A China precisa de nós, nós precisamos da China e o mundo é assim. Jamais fechamos as portas para seja qual país for. Estamos sempre prontos a atender os interesses nacionais e, obviamente, preservar aquilo que temos de mais sagrado, que é a nossa soberania”, disse ele em entrevista transmitida pela CNN Brasil.
Distribuição
A vacina já tem autorização para uso emergencial expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante é produzido pelo Instituto Serum, da Índia, que foi atingido por um incêndio nessa quinta-feira (21/1). O governo local informou que a produção das vacinas não foi prejudicada. Cinco pessoas morreram no incêndio.