*Da Redação Dia a Dia Notícia
Dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, do Ministério Público do Trabalho (MPT), apontam que 66% dos resgastes de trabalho escravo no estado do Amazonas têm relação com a atividade econômica de criação de bovinos. Por ano, a média de resgatados são de 17,8. Os dados são referentes aos resgastes realizados entre os anos de 1995 a 2020.
O detalhamento das informações permite identificar de um lado os riscos específicos existentes em determinadas atividades econômicas e cadeias produtivas e, de outro lado, vulnerabilidade relacionadas a padrões sociodemográficos e identitários.
Cerca de 462 pessoas em condição análoga à escravidão foram resgatadas no Amazonas neste período. Outros setores econômicos apresentam percentuais relacionados aos regastes de trabalho escravo, sendo eles: produção florestal – florestas nativas (23%), desdobramento de madeira (4%), extração de minério de estanho (3%), entre outras.
Em relação ao perfil das vítimas quanto à raça dos resgatados, cerca de 59% se enquadram como parda ou se declara como mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça de preto com de outra cor ou raça. Outras 20% se enquadram como branca, 12% se enquadram como preta e 8% se enquadram como indígenas.
Em relação a escolaridade, 36% tem até o 5º incompleto, 35% são analfabetos, 17% tem do 6º ao 9º ano completo e 3% possuem o ensino fundamental completo.