*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Vitória Assis Nogueira, mãe da pequena Lailla Vitória, de apenas um ano e sete meses, que foi estuprada e morta na cidade de Jutaí (distante 751 quilômetros de Manaus), será julgada, nesta segunda-feira (7), pela morte de Gregório Patrício da Silva, o suspeito do crime contra sua filha. O julgamento de Vitória e mais 15 pessoas, acusadas pelo linchamento de Gregório, inicia hoje na Comarca de Jutaí, na ocasião o rapaz foi retirado da delegacia e queimado vivo pelos moradores.
O caso de Lailla Vitória, ocorrido no ano passado, gerou grande comoção pública e continua a despertar a atenção da população. A audiência desta segunda-feira representa mais um passo no processo judicial que busca esclarecer as circunstâncias da morte da criança e, agora, também a do suspeito.
Defesa critica prisão da mãe
O advogado de Vitória Assis Nogueira, Vilson Benayon, classificou o processo contra sua cliente como “vergonhoso do ponto de vista moral”. Ele enfatizou a dor da mãe, que perdeu a filha para um agressor e, segundo ele, está sendo duplamente penalizada com a prisão preventiva.
“Um estranho estuprou e matou uma criança inocente. Até hoje a mãe da vítima está presa de forma preventiva, covarde e vil. Ela em momento algum incentivou a população a invadir a delegacia e matar. Eu fico pensando na dor dessa mãe, de perder sua filha para um marginal”, declarou Benayon.
De acordo com o advogado, Vitória está detida há oito meses no complexo prisional feminino de Manaus. “Ela está sofrendo uma penalidade dupla, além de perder sua filha que foi covardemente estuprada e morta, ainda foi presa acusada injustamente de ter invadido a delegacia e matado o autor do crime contra sua bebê”, afirmou.
Relembre o caso do linchamento
Em 19 de setembro do ano passado, Gregório Patrício da Silva foi morto nas instalações e imediações da 56ª Delegacia Interativa de Polícia Civil de Jutaí. Segundo o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), 16 pessoas, incluindo a mãe da criança, teriam participado da ação que culminou na morte do suspeito após a revelação do crime contra a menina Lailla Vitória. Os réus serão julgados por homicídio qualificado.
