MANAUS – Na manhã desta segunda-feira (2), a 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus retomou a audiência de instrução da Ação Penal n.º 0671090-67.2019, que tem como réu Michael Saboia de Souza Xavier. Ele é acusado da morte da jovem Heloísa Medeiros da Silva, crime ocorrido em dezembro de 2019, e permanece preso preventivamente, tendo sido conduzido ao Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis para participar do ato processual.
A primeira parte da audiência ocorreu em 16 de junho deste ano, quando foram ouvidas três testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE/AM). Uma quarta testemunha – a delegada de polícia que investigou o caso – não pôde comparecer à audiência naquela data, e como o MP não abriu mão de ouvi-la na instrução processual, o magistrado suspendeu os trabalhos, remarcando o prosseguimento da audiência para esta segunda-feira, dia 2 de agosto.
Este segundo dia da audiência, presidida pela juíza Nayara Antunes, foi acompanhado pelo acusado do crime, Michael Saboia de Souza Xavier. O Ministério Público do Estado do Amazonas está representado pela promotora de Justiça Clarice Moraes Brito. O advogado Maurício Saboia está atuando na defesa do réu.
A audiência começou por volta das 10h30 com o depoimento da delegada de polícia responsável pelo inquérito e a última das testemunhas arroladas pela acusação. Em seguida foram ouvidas quatro testemunhas defesa e, às 11h30, teve início o interrogatório do réu.
Confira o vídeo:
O crime
Conforme os autos, Heloísa Medeiros da Silva, 17 anos, foi encontrada morta no dia 15 de dezembro de 2019, mas a perícia apontou que a morte dela ocorreu entre os dias 13 e 14. As investigações mostraram que a vítima e o acusado haviam se encontrado no dia 12 em um bar e que depois seguiram para a residência da avó dele, na rua Miranda Leão, no Centro de Manaus, local onde o corpo de Heloísa foi encontrado.
Suspeito do crime, Michel chegou a passar um período foragido, até ser preso, no Maranhão. Segundo a perícia, a morte de Heloísa foi provocada por asfixia decorrente de ação contundente que gerou trauma na região raquimedular. Com base no inquérito policial, o Ministério Público denunciou Michel pelo crime de homicídio qualificado.