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‘Caso Fred’: coronéis da PM-AM são julgados 21 anos depois

*Da Redação Dia a Dia Notícia

A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus iniciou nesta segunda-feira (10) o julgamento que tem como réus os coronéis da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Aroldo da Silva Ribeiro, Raimundo Roosevelt da Conceição de Almeida Neves e Francisco Trindidade Saraiva Pinheiro. Eles são acusados do homicídio do técnico agrícola Fred Fernandes da Silva, que aconteceu em 2001.

A sessão de julgamento, que está sendo presidida pelo juiz de Direito Eliezer Fernandes Júnior, começou pouco antes das 11h, no Plenário do Júri do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis.

Os dois primeiros depoimentos foram das vítimas sobreviventes, Maria da Conceição e Adônis, respectivamente esposa e filho de Fred Fernandes, a vítima fatal, e que se encontravam com ele no carro atacado a tiros no dia do crime. Conceição respondeu às perguntas por cerca de 40 minutos e em seguida, foi a vez do filho Adônis.

Finalizada essa etapa, teve início a oitava das testemunhas. Conforme a 2ª Vara do Tribunal do Júri, no total, serão nove testemunhas, sendo três arroladas pelo Ministério Público, que está sendo representado no júri pelo promotor de Justiça Vivaldo Costa, e o restante pelas defesas dos três réus, que estão presentes no julgamento.

Entenda o caso

O “Caso Fred”, como ficou conhecido, começou com o assassinato de Daniele Damasceno, em 2001. Na época, Fred Júnior, namorado da vítima, foi acusado e condenado pelo crime. No mesmo ano, o pai dele, técnico agrícola Fred Fernandes da Silva, foi assassinado após uma visita ao filho no presídio.

Em 28 de novembro de 2013, a 2ª Vara do Tribunal do Júri julgou e condenou a mais de 33 anos de prisão o casal Waldemarino Damasceno e Terezinha de Jesus Oliveira Rocha, pais de Daniele, acusados de serem os mandantes do crime.

O processo principal foi desmembrado, e após o trânsito em julgado de vários recursos interpostos pelas respectivas defesas, teve início nesta terça-feira o julgamento dos demais réus pronunciados pelo crime.

Pouco antes do início da sessão da sessão de julgamento, o juiz Eliezer Fernandes destacou que o julgamento desse núcleo de réus precisou aguardar o julgamento de vários recursos e demais procedimentos processuais. “Nossa expectativa é que agora possamos finalizar essa etapa do júri com a conclusão dos trabalhos em plenário nesta terça ou quarta-feira, conforme o andamento das oitivas, dos interrogatórios dos réus e dos debates entre defesa e acusação”, disse o magistrado.

Em entrevista pouco antes do início do julgamento, a defesa dos réus afirmou que a estratégia é conseguir absolvição por negativa de autoria. “Estamos diante de um processo que se subdividiu em vários outros com julgamentos já ocorridos. Em análise, temos diversas versões, caminhos e autores e o processo de hoje se sustenta no depoimento de apenas um policial que narra situações impossíveis de terem ocorrido. Outras versões cabíveis no caso não foram investigadas”, afirmou um dos advogados de defesa dos três réus, Josemar Berçot Júnior.

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