*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso, afirmou em depoimento à Justiça que acredita que sua filha morreu devido à depressão, e não pelo uso excessivo de cetamina, uma droga sintética que pode causar alucinações e dependência. Djidja foi encontrada morta no final de maio, em Manaus, e a polícia investiga a possibilidade de overdose como causa da morte.
O depoimento de Cleusimar foi apresentado em uma audiência no dia 4 de setembro, no qual ela e seu filho, Ademar Cardoso, além de outras sete pessoas, são investigados por tráfico de drogas. Segundo as investigações, a família de Djidja criou um grupo religioso chamado “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso de cetamina. Cleusimar e Ademar estão presos e são apontados como integrantes centrais do esquema de tráfico.
Durante o depoimento, Cleusimar foi questionada sobre seu envolvimento com a droga, o uso de cetamina na família, e negou que o grupo religioso fosse uma seita. Ela também afirmou ter estudado sobre psicodélicos para tratar depressão e ansiedade e que obtinha as drogas em raves, sem conhecer os fornecedores.
Ao contrário de suas alegações, o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a causa da morte de Djidja foi um edema cerebral, que comprometeu seu coração e respiração. O laudo oficial ainda não foi divulgado. As investigações também revelaram que Cleusimar realizava cultos baseados em interpretações equivocadas das “Cartas de Cristo”, um livro que ela utilizava para orientar funcionários de seu salão de beleza.
Entre os principais pontos do depoimento, Cleusimar negou que seu filho Ademar tenha cometido abuso sob efeito de cetamina e afirmou que “Pai, Mãe, Vida” não era uma seita, mas uma forma de expressar fé em Deus, como descrito nas cartas que a família seguia há dois anos.