*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (7), que o Brasil continua sem nenhum caso de poliomielite desde 1989, após ter descartado um caso suspeito da doença em uma criança de três anos no estado do Pará.
A criança teve paralisia flácida aguda, e um exame de fezes detectou o vírus da doença. Porém, uma investigação de autoridades sanitárias descobriu que a criança havia tomado uma vacina de vírus atenuado (oral) antes de ter recebido a vacina de vírus inativado (injeção).
O ministério afirma ainda que a paralisia é “supostamente atribuível à vacina” oral, pois “na caderneta de vacinação da criança não consta registro de vacina inativada poliomielite (VIP), que deve ser administrada anteriormente à VOP (vacina oral poliomielite)”.
A pasta, entretanto, acrescenta que “o risco de paralisia flácida aguda com a VOP é muito raro e que, quando a VOP é aplicada como reforço, após o esquema básico com a vacina VIP, esse risco é praticamente nulo”.
“A criança foi atendida ambulatorialmente, não chegou a ser internada, e evoluiu bem, com recuperação da força muscular. Permanece com discreta claudicação (comprometimento da capacidade de marcha) no membro inferior esquerdo”, diz o comunicado.
É salientado pelo ministério, que o poliovírus Sabin Like 3, que foi detectado nas fezes da criança no Pará “não tem caráter transmissível e não altera o cenário epidemiológico no território nacional”.
“De 1989 a 2012, de 764 milhões de doses de VOP aplicadas em crianças de todo o país, ocorreram somente 50 casos de pólio vacinal. A partir de 2012, com a introdução do esquema sequencial VIP/VOP, não ocorreram mais casos de pólio vacinal no país”, complementa a nota.
A ameaça de volta da doença no Brasil e no restante do continente americano foi reconhecida, inclusive, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em discurso na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, na semana passada.
Outra suspeita de poliomielite que estava sob investigação no estado de Roraima também já foi descartada.