*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) recomendou que a médica Juliana Brasil Santos e a técnica de enfermagem Rayssa Bentes sejam temporariamente impedidas de exercer suas funções, em razão do atendimento prestado ao menino Benício Xavier, de 6 anos, que morreu no Hospital Santa Júlia, no último domingo (23). A posição foi apresentada pelo promotor Fabrício Santos de Almeida, conforme divulgou o portal A Crítica.
A manifestação ocorreu no processo que analisa o pedido de prisão preventiva solicitado pela Polícia Civil contra a médica responsável pela prescrição de adrenalina intravenosa — aplicada em uma quantidade muito superior à permitida e apontada como causa da morte da criança. O caso foi distribuído à 1ª Vara do Tribunal do Júri, sob responsabilidade do juiz Fábio César Olintho.
Embora tenha se posicionado contra a prisão preventiva e contra o pedido de busca e apreensão formulados pela polícia, o promotor sugeriu a adoção de outras medidas cautelares. Entre elas, a suspensão temporária do exercício profissional junto aos conselhos de classe, por entender que existe risco de novas condutas que possam colocar pacientes em perigo.
O MP-AM também recomendou que a médica seja obrigada a comparecer periodicamente à Justiça, fique proibida de visitar a residência da família da vítima e não possa deixar Manaus sem autorização judicial. As mesmas restrições foram indicadas para a técnica de enfermagem Rayssa Bentes, que não chegou a ser incluída no pedido de prisão por ainda não ter sido formalmente identificada, quando o processo foi iniciado.
