O escritório luxuoso, localizado em um dos edifícios empresariais mais sofisticados da capital da República, costumava ser usado por André Luís dos Santos Pereira, 35 anos, para aplicar os mais variados golpes. Desde a fraude na compra de roupas em algumas das maiores e mais caras grifes do mundo, até o calote em agências especializadas na venda de passagens aéreas.
A 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), apura mais uma denúncia contra o artista além do caso envolvendo o estelionato contra as lojas italianas Prada e Gucci, e a inglesa Burberry, que provocou um prejuízo de R$ 300 mil. Desta vez, o cantor, que tem 290 mil seguidores nas redes sociais, deixou uma compra de R$ 15 mil em aberto, todas referente à ponte aérea Brasília/São Paulo.
A coluna apurou que, em 15 de junho deste ano, o cantor esteve na agência e conversou amistosamente com os funcionário. Ele usou, segundo a vítima ouvida na delegacia, a conta bancária da então secretária de seu escritório para fazer o pagamento, via Pix, de R$ 6 mil pelas passagens com destino a capital paulista, sempre em primeira classe, com o máximo de conforto oferecido pela companhia aérea.
O golpista e outros dois homens estavam com diversos cartões de crédito, celulares e um notebook. Quando a equipe policial consultou os dados dos suspeitos, perceberam que um dos indivíduos era o cantor gospel acusado de aplicar golpes em marcas de luxo em Brasília. Todos foram encaminhados para o 2º DP (Distrito Policial) do Rudge Ramos.
Golpe nas lojas
Em 6 de setembro deste ano, o trio entrou em contato com um vendedor da Prada e comprou R$ 151.373,11 em várias peças de roupa. Dois dias depois, os golpistas fecharam negócio com um vendedor da Gucci no valor de R$ 124,3 mil – montante referente a calças, camisas e alguns acessórios.
Em ambos os casos, o cantor gospel simulava telefonar para um suposto assessor pedindo que uma transferência bancária fosse feita para a conta da loja. Segundos depois, um dos comparsas mostrava ao representante da loja um suposto comprovante de pagamento, que, na verdade, nunca havia sido feito.