A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira a inclusão dos bancários, motoristas de táxi e transporte por aplicativo, empregadas domésticas e portadores de doenças raras como grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19. O texto será agora discutido no Senado Federal.
O projeto foi votado no fim de março, com a inclusão de 16 categorias entre as prioritárias para vacinação, como os caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, os coveiros, profissionais que trabalham em farmácias, trabalhadores da limpeza pública, oficias de Justiça e funcionários de escolas de educação básica, segundo o Valor Econômico.
Havia, porém, pressão para ampliar as categorias que receberiam prioritariamente as vacinas, com diversas emendas ao projeto, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), então resolveu suspender a discussão para que os parlamentares negociassem.
A proposta voltou à pauta nesta quinta-feira, com a aprovação de emendas para incluir “os trabalhadores e trabalhadoras domésticos”, os motoristas de aplicativo cadastrados antes da vigência da lei (que ainda não foi aprovada), os portadores de doenças raras e os bancários.
A relatora do projeto, deputada Celina Leão (PP-DF), afirmou que os parlamentares buscaram priorizar categorias que não têm parado e estão mais expostas à covid-19. “A gente espera que nem precise ter prioridade, que tenhamos todos os trabalhadores vacinados, mas em muitos lugares têm sido necessária uma lista de prioridade”, disse.
O único partido contrário ao projeto foi o Novo. “A gente tá colocando todo mundo, ou muitas áreas, como prioridade. E eu aprendi que quando a gente coloca todo mundo como prioridade, nada é prioridade e a gente pode acabar deixando muita gente que precisa de fora [da vacinação]”, disse o líder do partido na Câmara, Vinícius Poit (SP).